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Capitão Wagner sugere criação de plano de segurança para Ceará

Deputado Capitão WagnerDeputado Capitão WagnerFoto: Máximo Moura

 
O deputado Capitão Wagner (PR) defendeu, nesta quarta-feira (09/08), durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa, a elaboração de um plano de segurança para o Ceará.

Para ele, há uma ineficiência do Governo do Estado na área da segurança. “As medidas adotadas não trazem nada de novidade. Falta planejamento, definição de novas formas de fazer política”, afirmou. Conforme o parlamentar, o crime está se organizando, e o Estado se limita à estratégia de aumentar o efetivo policial e na aquisição de viaturas. “Enquanto o crime está inovando a cada dia, o Governo continua investindo somente em policiamento ostensivo”, disse. Segundo o deputado, o Ceará contratou cerca de 4 mil policiais militares em 2017, mas não aumentou o número de policiais para investigar os crimes.

Capitão Wagner destacou ser necessário investir em inteligência, citando como exemplo o estado de Santa Catarina, que, mesmo com a redução do efetivo policial, teve queda na criminalidade. De acordo com ele, o Estado investiu em inteligência, em tecnologia e equipamentos que compensaram a redução do número de efetivo policial. “Contratar efetivo capaz de atender à demanda com policiamento ostensivo sem investimento em inteligência não nos permitirá sair do patamar em que nos encontramos”, pontuou.

O parlamentar fez um comparativo com o estado de São Paulo, a maior das metrópoles brasileiras, revelando que o índice de vítimas por homicídios, que era de 8,47 em março de 2016, caiu para 8,46 por 100 mil habitantes em fevereiro de 2017. “Enquanto o Estado está com 81, dez vezes mais homicídios que tem São Paulo”, informou. A ação, conforme o deputado, é fruto de operações como o bloqueio de celulares em 23 unidades prisionais no Estado.

O deputado apontou que a responsabilidade pela área não é só do Estado, mas também da esfera Federal e da municipal. “O artigo 144 da Constituição Federal diz que a segurança pública é dever do Estado. Fala estado no sentido amplo. Cada ente da Federação tem a sua responsabilidade”, observou.

Em aparte, o deputado Carlos Matos (PSDB) disse que uma das ações que chamaram a atenção do parlamentar no estado de São Paulo foi em relação à apuração dos crimes. Segundo ele, de cada 100 crimes, 38 são apurados, enquanto no Ceará o número fica bem aquém. Ele considerou “inócua” a lei dos  bloqueadores de celular, aprovada na Casa. “Nós precisamos de decisões diferentes”, acrescentou, destacando que há uma piora na área.

O líder do Governo, deputado Evandro Leitão (PDT), disse que os resultados não são obtidos da noite para o dia. “Planejamento se faz reconhecendo pontos críticos, e o Governo do Estado reconhece e está contratando 4,2 mil policiais, adquiriu 329 viaturas e mais de 300 motocicletas. O governo do Estado reconheceu que os salários pagos aos policiais militares estava aquém da média do Nordeste e implantou essa média. Não se tinha uma política de promoção”, observou.

LS/AT

Informações adicionais

  •  Fonte:Agência de Notícias da Assembleia Legislativa / ILO SANTIAGO JR

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