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Fernando Hugo lamenta morte de vereador e cobra legislação mais severa

Por Luciana Meneses / ALECE

 

Deputado Fernando Hugo (PSD) - Foto: Paulo Rocha

 

O deputado Fernando Hugo (PSD) lamentou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Ceará desta terça-feira (30/04), o assassinato do vereador de Camocim César Veras.

O crime aconteceu no último domingo (28/04), em um restaurante do município. O vereador foi esfaqueado no pescoço por um garçom do estabelecimento. 

Para Fernando Hugo, a brutalidade desse e de outros casos de violência pelo País retratam a necessidade de leis mais rígidas para manter preso todo aquele criminoso que demonstra não ter condições de conviver em sociedade. “Vejam a brutalidade com que foi assassinado um vereador. Um homem público. Chegamos ao ponto em que nem os filmes mais violentos retratam o que estamos assistindo no Brasil. O Código de Processo Penal tem que ser revisto. Bandido tem que respeitar a polícia, e criminoso tem que ficar preso”, opinou.

Ainda sobre a legislação brasileira, o deputado criticou a forma como suspeitos e condenados conseguem se livrar de penas. O parlamentar lembrou o caso de assédio a uma mulher num elevador em que o autor estaria solto. Comentou também sobre outro, em que o motorista saiu dirigindo alcoolizado e em alta velocidade, bateu no carro e matou um pai de família. "Não estão vendo que esses criminosos não têm a menor condição de conviver com os demais?”, questionou.

O parlamentar apontou ainda a urgência de um plano de segurança nacional em conjunto com a punição severa para crimes bárbaros. “Muito se investiu em segurança, principalmente aqui no Ceará, porém nossa polícia é praticamente proibida de enfrentar o crime como este merece. A polícia é uma instituição criada para proteger o cidadão, não o bandido”, afirmou.

Em aparte, o deputado Leonardo Pinheiro (Progressistas) acrescentou ainda que até as pessoas que não são vítimas diretas da violência vêm sendo atingidas indiretamente por ela. “As pessoas estão doentes. Estou falando de questões psiquiátricas. Não adianta chegar aqui e culpar prefeito ou presidente. É preciso uma ação integrada de saúde e combate à criminalidade, ou estaremos enxugando gelo”, avaliou. 

Para o deputado Dr. Aloísio (União), é preciso recuperar o controle da segurança pública no Estado, uma vez que tantos episódios trágicos vêm acontecendo em poucas semanas. O deputado Cláudio Pinho (PDT) concordou com o raciocínio e completou: “Todo dia é gente assassinada, com pescoço cortado. O que estamos vendo só pode ser doença. Precisamos de amparo psicológico desde as crianças nas escolas ao idosos nas suas residências”. 

O deputado Alcides Fernandes (PL), por sua vez, corroborou a ideia de que a sociedade esteja doente. Ele disse ter perdido as esperanças nos atuais governantes. “Temos um governador omisso e um prefeito que parecem estar numa mesa de pingue-pongue, jogando a culpa um para o outro, enquanto assistimos a tantos casos de violência no Estado e na capital. E, se depender deles, vai ficar pior”, declarou. 

Já o deputado Queiroz Filho (PDT) registrou seus sentimentos pela morte do vereador e frisou a necessidade de parceria entre Governo Federal e estadual para o enfrentamento da violência. “É preciso enfrentar a problemática. Se temos visto redução em estados como Goiás, é uma questão de decisão de enfrentamento. Ninguém aguenta mais esses episódios de violência aqui”, reclamou. Por outro lado, o deputado De Assis Diniz (PT) lembrou que o crime se nacionalizou, e apontar um culpado não adiantaria. “O enfrentamento é necessário, um plano nacional unificado e estruturado, o investimento em inteligência, mas apontar um culpado não adianta”, refletiu.

Edição: Adriana Thomasi

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