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4 tendências em que os líderes precisam ficar de olho para se sair bem em 2024

Por Bruna Klingspiegel / O ESTADÃO DE SP

 

O que os líderes irão enfrentar em 2024? No atual cenário corporativo, a liderança está passando por uma transição significativa. O que era considerado eficaz há dois anos já está distante da realidade atual. Em entrevista ao Estadão, a professora de liderança convidada da Fundação Dom Cabral, Livia Mandelli, compartilha quatro tendências para enfrentar os desafios da liderança moderna. Confira:

 

1. Estilo tem de ser flexível

A liderança em 2024 exige uma adaptabilidade extrema. Os líderes de hoje devem ajustar seu estilo para atender às necessidades individuais de cada membro da equipe, formando relacionamentos baseados na empatia e no reconhecimento das emoções. Nesta nova era, a meritocracia não é mais o único caminho, em vez disso, surge uma liderança mais consciente e adaptativa.

 

A era da liderança, onde só um único estilo prevalecia, acabou. A especialista destaca que para ser eficaz na sociedade atual, um líder deve se adaptar às necessidades emocionais de seus liderados. Isso significa ir além da própria essência e apresentar a melhor versão de si.

 

Por exemplo, se estiver interagindo com alguém mais direto e assertivo, o líder deve espelhar esse comportamento. Por outro lado, ao lidar com alguém que é simpático e cordial, o líder deve adotar um estilo mais cordial.

 

Essa flexibilidade não significa mudar quem você é na essência, mas desempenhar um papel necessário. A liderança não é apenas transmitir caráter e valores, mas também moldar um comportamento que atenda às necessidades da equipe.

 

“O objetivo da liderança é possibilitar o desenvolvimento e inspirar os liderados, permitindo que eles alcancem seu pleno potencial. Para isso, um líder deve ser altamente inspirador, adaptando-se às diversas dinâmicas e personalidades dentro de sua equipe.”

 

2. Empatia é importante

Livia Mandelli destaca a urgente necessidade de haver líderes mais voltados para as pessoas. É o conceito de liderança empática, frequentemente mal interpretado.

A especialista explica que empatia, neste caso, não se limita a se colocar no lugar do outro, mas envolve a habilidade de reconhecer e gerenciar as emoções dos liderados. É fundamental entender que as emoções dos colaboradores influenciam diretamente suas atitudes e comportamentos no ambiente de trabalho.

 

“Não é possível dividir o dia igualmente entre 8 horas de trabalho, 8 horas de sono e 8 horas para outras atividades”, explica Mandelli.

 

Segundo ela, o líder precisa entender o que cada membro da equipe deseja, para assim promover a saúde mental e o bem-estar dentro do seu time.

Ser líder hoje exige mais do que a simples gestão baseada em metas e indicadores; requer uma compreensão profunda do ser humano.

 

Ser empático significa conseguir identificar e responder às emoções presentes na equipe, reconhecendo que cada indivíduo possui uma história de vida única.

 

3. Repensar a retenção de talentos

 

Não se trata mais de manter as pessoas nas organizações, mas de estimular o desejo de permanecer pelo tempo que as pessoas quiserem. Programas de bem-estar não são mais sobre equilíbrio entre vida pessoal e profissional, mas sobre promover decisões que contribuam para a saúde mental.

 

Para Mandelli, enfrentar esses desafios exige uma mudança profunda na mentalidade do topo das organizações. Os líderes precisam estar à frente do tempo, conscientes da importância de liderar com empatia, altruísmo e visão.

 

Ela diz que programas de mentoria, aconselhamento e reformulação de processos de tomada de decisão são ações necessárias para implementar essa nova mentalidade.

4. Trazer significado para os funcionários

 

É fundamental que o líder esteja ciente do impacto de suas ações e de como elas reverberam nas pessoas. Ninguém mais está disposto a seguir um líder tóxico. “As pessoas escolhem seguir seus líderes, e não apenas as empresa.”

 

Já não é mais suficiente falar apenas de atratividade e retenção. No mundo atual, as pessoas se juntam a uma organização por motivos variados, seja por dinheiro, status, conhecimento ou desenvolvimento pessoal.

 

Por isso, a especialista em liderança destaca que é vital que os líderes incentivem os funcionários por meio de um comportamento que se adapte às necessidades individuais dos colaboradores, não somente aos objetivos da organização.

 

“O papel do líder é trazer significado para as pessoas, e para isso, ele precisa ter uma visão muito clara de para onde está conduzindo seus liderados”, diz.

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