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Em defesa de Temer, Jucá critica Dilma: ‘Lamento que esteja perdendo o equilíbrio’ Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/em-defesa-de-temer-juca-critica-dilma-lamento-que-esteja-perdendo-equilibrio-19070203#ixzz45eyQSXiD © 1996

O senador Romero Jucá (PMDB-RJ) - Ailton Freitas / Agência O Globo / 5-4-2016

BRASÍLIA — Como presidente do PMDB, o senador Romero Jucá (RR) acusou a presidente Dilma Rousseff de "apelação" e de "perda de equilíbrio e serenidade" ao dizer que havia "dois chefes do golpe, da farsa e da traição", num ataque ao vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em defesa de Temer, Jucá comparou a presidente Dilma ao ex-presidente Fernando Collor, afirmando que o hoje senador afirmava em 1992 que era vítima de golpe.

 

 

Em 1992, Collor sofreu processo de impeachment. Além disso, o senador disse que o ministro-chefe do Gabinete da presidente, Jaques Wagner, deveria pedir a renúncia da própria Dilma e não do vice-presidente Temer.

Na véspera, Jaques Wagner havia dito que, se o impeachment não passar e Dilma permanecer no poder, Temer deveria renunciar depois do vazamento de um pronunciamento no qual ele já falava como novo chefe do país e como se o impeachment já tivesse sido aprovado em definitivo na Câmara.



— Lamento que a presidente Dilma esteja perdendo o equilíbrio, colocando culpa em outras pessoas pelos erros do governo. E, mais do que isso, apelando para um enredo já ultrapassado: porque falar em golpe é o que falou o presidente Fernando Collor há muitos anos. Esse é um enredo batido, copiado e que não deu certo. Portanto, era melhor que a presidente tivesse um pouco mais de equilíbrio e análise dos seus próprios, das suas próprias limitações — disse Jucá, acrescentando:

— Lamento que a presidente Dilma esteja perdendo a serenidade e esteja tentando culpar outras pessoas pelo desacerto do seu próprio governo. Se a presidente quer procurar pessoas que atrapalharam o governo, deve olhar para dentro do governo.

Jucá defendeu Temer e Cunha.

— O Eduardo Cunha, como presidente da Câmara, deu apenas prosseguimento ao fato. O processo foi definido pelo Supremo Tribunal Federal no seu trâmite. Portanto, há o aval do Supremo nesse procedimento de impeachment. O governo está pagando pelos erros que cometeu. Não é o presidente Michel Temer, não é nenhum membro do Congresso que está fazendo alguma ação deliberada. O governo devia fazer uma autocrítica e reconhecer a difícil situação que colocou o Estado brasileiro — provocou Jucá, que se apressou em dizer no Twitter que chama Temer de "presidente" porque ele é presidente eleito do PMDB. Na semana passada, Temer tirou licença do comando da sigla e passou o cargo ao vice-presidente Romero Jucá.

O senador disse ainda que Temer não tem motivo para renunciar.

— Querer propor a renúncia do presidente Michel Temer é querer imolar alguém que não tem culpa no cartório. Se o ministro Jaques Wagner tiver que propor a renuncia de alguém, o melhor para o Brasil seria que ele propusesse a renúncia da presidente Dilma. Não sei se ele vai conseguir convencê-la — ironizou Jucá, acrescentando:

— Temer não tem nenhum motivo para renunciar, é um político experimentado e pode ser muito importante nesse momento em que o país precisa redefinir o seu rumo e o seu caminho.

BANCADA DO RIO DE JANEIRO

Jucá disse esperar que os deputados do PMDB votem, na sua maioria, a favor do impeachment no domingo. Ele disse que está conversando, principalmente, com os deputados do Rio de Janeiro.

— Espero que os entendimentos possam avançar tanto com o Rio de Janeiro quanto com outros estados, exatamente para que o PMDB possa votar o mais unido possível. Estamos tratando dessa questão e na hora apropriada o partido dará sua posição — disse Jucá, sobre uma eventual reunião da executiva na quinta-feira.

SENADO

Num recado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Jucá disse esperar que o processo seja rápido no Senado, caso seja aprovado na Câmara. Renan é aliado de Dilma.

— Se houver a aprovação do rito de impeachment na Câmara, ele virá ao Senado. Espero que o presidente Renan possa conduzir dentro da linha de direito de defesa, dentro da linha de cumprimento do regimento, mas levando em conta a urgência e as condições de dificuldade que o Brasil vive hoje. Portanto, uma rápida solução é muito importante para que o país comece a reagir — disse Jucá. O GLOBO



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