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Renato Roseno considera genocida conduta do Governo Federal na pandemia

Deputado Renato RosenoDeputado Renato RosenoFoto: Edson Júnio Pio

O deputado Renato Roseno (Psol) classificou, no primeiro expediente da sessão plenária híbrida da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (18/02), como genocida a política de combate à pandemia da Covid-19 por parte do Governo Federal.

Para o parlamentar, a batalha é pela vida e segurança da população, juntamente a proteção econômica, principalmente dos mais vulneráveis. “A Folha de São Paulo apontou que, em Manaus, ano passado, morreram 3.380 pessoas em razão da Covid. Nos 45 dias deste ano, 3.500. É um genocídio. O que toda mãe de família quer nesse momento é vacina para os seus e alimento na mesa, mas o que o Governo Federal faz é dar as costas para a população”, avaliou.

Renato Roseno condenou o menosprezo pela vacina por parte do presidente Jair Bolsonaro e a conduta do governo em não responder a diversas ofertas de vacinas ainda em 2020. “Não podemos abandonar a linha do tempo. Em julho, o Butantã ofereceu 46 milhões de vacina e não teve resposta. Pfizer oferece em agosto. Butantã novamente em setembro e isso continuou acontecendo nos meses seguintes”, assinalou. Conforme o deputado, o Brasil não respondeu a sete oportunidades de comprar a vacina ainda em 2020. “Isso é crime de extermínio. Essa conduta antivacina, diplomacia feita a chutes com países parceiros, governo reiteradamente usando mentira contra a vacina. O ano de 2021 chega e agora que ele está comprando a vacina. Somos o 64° país em número de vacinados”, observou.

O deputado defendeu ainda o auxílio emergencial como uma política permanente e que seu valor chegue a pelo menos metade do salário mínimo.  “O que proponho aqui, é que tendo em vista que no Ceará temos um milhão de pessoas extremamente pobres, estes devem ter o direito a uma renda básica de cidadania. Se cobrássemos ICMS dos mega empreendimentos, conseguiríamos conceder esse auxílio”, sugeriu.

O parlamentar comentou ainda a prisão em flagrante na terça-feira (16/02) do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), determinada pelo Supremo Tribunal Federal. O parlamentar foi detido após vídeo com apologia ao AI-5 e ao fechamento do Supremo; as duas pautas são inconstitucionais. “Esse mesmo já foi processado por fraude de atestado médico quando era cobrador de ônibus, entrou na Polícia Militar, por meio de liminar, pois foi reprovado no exame psicológico. E agora defende este tipo de pauta? Não podemos normalizar o absurdo. A impunidade parlamentar não é um salvo conduto para o cometimento de crimes”, analisou.

Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PP) afirmou que houve politização da pandemia por parte de todos os setores. “O Brasil chora hoje e o pior que houve foi essa politização da pandemia. Uma reforma tributária vem aí, e se politizarem, será catastrófica”, previu. Já o deputado Acrísio Sena (PT) lembrou que cabe ao Governo Federal e ao Ministério da Saúde conduzir a questão da vacina, mas não há qualquer plano. “Não fossem os governadores, estaria tudo parado. Ontem o governador pediu um plano de vacinação e mais vacinas, porque o Brasil não tem. Precisamos de vacina e prorrogação da renda básica”, opinou.
LA/AT

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