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André Fernandes aponta injustiças e se considera perseguido politicamente

Dep. André Fernandes ( Sem Partido  ) Dep. André Fernandes ( Sem Partido )Foto: Junior Pio

O deputado André Fernandes (Sem partido) considerou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (06/08), que está sofrendo perseguições políticas por conta da sua postura como parlamentar. O deputado contestou representações  por quebra de decoro parlamentar encaminhados ao Conselho de Ética da Casa contra ele propostos pelo PDT e PSDB.
Segundo André Fernandes desde que encaminhou, em 2019, ao Ministério Público do Estado uma denúncia que chegou ao seu gabinete sobre o suposto envolvimento de um deputado estadual com facção criminosa, começou a circular a versão de que ele estaria acusando um colega de participação em crimes.
“Apenas encaminhei uma denúncia ao órgão competente e pedi sigilo, mas, infelizmente, dias depois o Ministério Público Estadual ignorou o sigilo, vazou para a imprensa o nome do deputado Nezinho Farias (PDT), e a partir disso eu passei a ser considerado o responsável por isso”, explicou André Fernandes.
De acordo com ele, não há nenhum registro de que tenha, pessoalmente, atribuído ao deputado Nezinho Farias o envolvimento com facção criminosa.
O deputado relatou que após isso, imediatamente, partidos como PDT e PSDB entraram com representações no Conselho de Ética da Assembleia considerando que ele havia quebrado o decoro parlamentar, por acusar um colega parlamentar da Casa e não provar.
André Fernandes enfatizou que fez questão de subir à tribuna da Casa para pedir desculpas ao colega Nezinho Farias por ele ter sofrido as consequências negativas do que avaliou como um ato “covarde” do Ministério Público, que arquivou a denúncia por não contar com indícios suficientes.
“Eu não quebrei o decoro parlamentar, eu não fiz o que não devia. Insistem na narrativa de que eu que acusei, e isso é mentira”, se defendeu o parlamentar.
Ele lembrou que já presenciou diversos episódios de discussões na Casa, inclusive com troca de acusações entre parlamentares. “O Conselho de Ética aprovou por unanimidade a suspensão por 30 dias do meu mandato, sendo que eu não roubei, eu não estava em áudio vazado tratando de corrupção, como foi o caso do deputado Bruno Gonçalves (PL), eu não agredi parlamentar nem atribuí crime publicamente na Mesa desta Casa, como foi o caso dos deputados Leonardo Araújo (MDB) e Osmar Baquit (PDT)”, apontou André Fernandes.
Segundo ele, tanto Leonardo Araújo quanto Osmar Baquit estão representados no Conselho de Ética pela troca de acusações que fizeram entre si, e a Casa estaria silenciosa quanto a isso. “Eles nem foram citados ainda no Conselho, e por quê? É tão fácil a leitura, tão simples de entender isso, porque quando é um caso da base governista, tudo é abafado”, criticou.
O deputado salientou que quando entrou na Casa afirmou que daria dor de cabeça ao governador Camilo Santana e principalmente aos Ferreira Gomes. “Eu serei punido porque estou fazendo oposição aos Ferreira Gomes, os coronéis do Ceará”, assinalou o parlamentar.
Em aparte, o deputado Delegado Cavalcante (PSL) se solidarizou ao colega. “Tanta coisa mais grave aconteceu em relação ao comportamento e desempenho de outros parlamentares, e não pode haver dois pesos e duas medidas. Parece uma coisa dirigida a lhe prejudicar, e esse Parlamento vai se apequenar e deixar a todos nós vulneráveis se essa suspensão for aprovada”, pontuou.
A deputada Dra. Silvana (PL) também manifestou apoio à André Fernandes. “Eu voto contrária à punição, pois somos todos amigos e irmãos na defesa do bem comum de todos, defendendo o povo do Estado do Ceará”, registrou.
Já o deputado Soldado Noélio (Pros) afirmou que os fatos posteriores que aconteceram após a denúncia contra André Fernandes no Conselho de Ética vão trazer a verdade dos fatos. “Vamos ter a noção se o que se quer é analisar as condutas éticas ou antiéticas de um parlamentar, ou se é apenas uma demarcação política e perseguição contra um adversário”, concluiu.
RG/CG

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