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Comissão de Educação da AL debate plano de retomada das aulas

Reunião remota da Comissão de Educação debate plano de retomada das aulas presenciais na rede pública de ensino Reunião remota da Comissão de Educação debate plano de retomada das aulas presenciais na rede pública de ensinoFoto: Edson Júnio Pio

 
O plano de retomada das aulas presenciais na rede pública de ensino do Ceará foi debatido pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, por sistema remoto, na manhã desta segunda-feira (20/07). A audiência foi solicitada pelo deputado Queiroz Filho (PDT), presidente do colegiado, que já anunciou a retomada dos debates em nova data.

Segundo o parlamentar, existe um comitê estruturado para definir as diretrizes de volta às aulas que realiza semanalmente reuniões. “Aqui queremos apresentar à sociedade o que está sendo debatido e estudado para o plano de retomada das aulas, sempre protegendo todos os que compõem a comunidade escolar”, disse.

O deputado assinalou que o debate é para mostrar à sociedade o que esta sendo pensado sobre diretrizes e ações para a retomada das atividades escolares na rede pública de ensino, abrangendo todos - professores, alunos e pais de estudantes. “Devemos fazer outros encontros para tornar público tudo o que será montado”, acrescentou.

Queiroz Filho lembrou ainda que, nesta segunda-feira, estará em pauta, partir das 16h, na Câmara Federal, o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “Todos os que estão aqui nesta audiência também estão mobilizados com essa pauta e torcendo pela aprovação do Fundeb”, assinalou.

A secretária de Educação do Ceará, Eliane Estrela, ressaltou que a paralização das atividades escolares, determinada pelo governador Camilo Santana, foi uma medida acertada e que, mesmo sem data definida para a retomada das aulas presenciais, é necessário fazer um trabalho e acompanhamento, visando primordialmente preservar vidas.

“Estamos construindo esse plano de retomada as aulas, olhando sempre para a legalidade, ouvindo os especialistas de saúde, Ministério Público e dividindo os trabalhos em comitês que contam com presenças da Associação dos Municípios do Estado (Aprece); União dos Dirigentes Estaduais de Educação (Undime); Sindicato dos Servidores Públicos das Secretarias de Educação (Apeoc); Ministério Público; União Brasileira de Estudantes Secundaristas, entre outros”, afirmou.

Eliane Estrela assinalou que o plano de retomada parte de cinco premissas, voltadas para planejamentos de governança, financeiro, pedagógico, gestão de pessoas e saúde. “Não vamos arriscar a vida de ninguém. Devemos permanecer ainda com o ensino híbrido (presencial e on-line), para que não voltem todos de uma vez, além de um rodízio entre os profissionais”, salientou.

A presidente da União dos Dirigentes Estaduais de Educação (Undime), professora Luíza Aurélia, explicou que o retorno precisa ser extremamente pensado de maneira única em cada município. “Criamos um grupo de trabalho, que está buscando diretrizes para orientar cada município; elaboramos um documento com as dimensões da volta às aulas, para que cada um perceba as especificidades dos 184 municípios do Estado e possamos pensar em um retorno seguro para todos”, frisou.

A procuradora de Justiça Elizabeth Maria Almeida, do Ministério Público do Ceará, apontou que a fragilidade do sistema público de saúde deve ser sempre debatido e melhorado.

“Já existia uma grande fragilidade na educação pública, muitas escolas não dispõem de água potável e o Governo do Estado deve pensar em uma conectividade que abranja a todos, um ensino remoto com qualidade para todos. Contrapontos e debates precisam ser sempre buscados para a melhoria da construção da educação. Parabenizo o esforço de todos que estão buscando neste momento o engajamento para a volta às aulas de maneira segura”, disse.

O representante da Associação dos Servidores da Secretaria de Educação do Estado, professor Wilson Sampaio, cobrou um pacote de medidas e propostas para a retomada das aulas. “O comitê tem feito reuniões, mas é preciso adiantar. A preocupação de volta às aulas é geral, mas vemos que a escola particular está pronta. A educação pública precisa avançar, não apenas debater um avanço”, afirmou.

Manifestaram-se ainda sobre a importância do estabelecimento de regras de retomada dos trabalhos escolares representantes da Aprece, Undime, Apeoc, União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, União Nacional dos Estudantes, Conselho Nacional de Educação, entre outras entidades estudantis.
GM/AT

AGÊNCIA DE NOTICIAS DA AL / DANIEL ADERALDO

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