Novela tucana caminha para o final na Câmara
Coluna do Estadão
07 de fevereiro de 2020 | 05h00
LEIA TAMBÉM >Ataques contra Joice dão novo fôlego à CPI
Após manobras e reviravoltas dignas dos piores dramalhões mexicanos, a novela da disputa pela liderança da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados, que se arrasta desde o fim do ano passado, caminha rumo a um final feliz para João Doria. A provável escolha definitiva de Carlão Sampaio (SP) para comandar os tucanos na Casa significará, se efetivada, a derrota de Aécio Neves, padrinho da candidatura Celso Sabino (PA). O governador teria conseguido o apoio de Beto Pereira (MS), disposto a abrir mão de concorrer em prol de Sampaio.
Nova temporada. O fim da novela será sinal importante de reunificação do PSDB, vital para os planos do partido de ter candidato a presidente em 2022.
Para lembrar. Pereira chegou a ser escolhido líder em votação no fim do ano passado. Mas uma guerra de listas decorrente da queda de braço Doria X Aécio implodiu a bancada e Sampaio assumiu “mandato-tampão” até este mês.
Melhor não. Se ficar mesmo com a liderança, Carlão Sampaio deverá desistir de ser candidato a prefeito de Campinas (SP).
CLICK. A ministra Damares Alves vestiu azul e rosa para a reunião ministerial dos 400 dias de governo. A polêmica sobre as cores alavancou a popularidade dela.
https://politica.estadao.com.br/blogs/coluna-do-estadao/wp-content/uploads/sites/352/2020/02/A4-1-300x191.jpg 300w" sizes="(max-width: 334px) 85vw, 334px" style="font-size: inherit; margin: 0px; padding: 0px; color: inherit; display: inline-block; max-width: 100%; height: auto;">
Justiça divina? Quis o destino que os R$ 34,9 milhões que Paulo Maluf mantinha na Ilha de Jersey voltassem para São Paulo na administração Bruno Covas. Mario (1930-2001), avô do prefeito, foi ferrenho adversário de Maluf.
Uia. A escolha pelo governador João Doria de Elizeu Soares Lopes como novo ouvidor das polícias de SP, vejam só, agradou ao grupo de advogados “progressistas” Prerrogativas. “Agradou a gregos e a troianos, advogados conservadores e progressistas”, diz Marco Aurélio de Carvalho.
Contando. Questionado pela repórter do Estado Jussara Soares sobre como foram seus 400 dias no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro respondeu: “Agora só faltam 1.060”.
SINAIS PARTICULARES
Jair Bolsonaro, presidente da República
Logo ali. A reforma administrativa deve ir do Executivo para o Congresso no começo da próxima semana. O ministro da articulação, Luiz Eduardo Ramos, esteve com Rodrigo Maia, presidente da Câmara, ajustando os últimos ponteiros.
Ops. A demissão de Gustavo Canuto não foi conversada nem com auxiliares próximos. Palacianos ficaram sabendo horas antes. O presidente queria evitar que o Desenvolvimento Regional voltasse a ser alvo de “indicações” do Congresso. Davi Alcolumbre, por exemplo, tinha dois nomes na manga para sugerir.
Vixe. Depois de 20 anos, uma dívida trabalhista do Rio, de R$ 50 milhões, com ferroviários, foi reconhecida pelo governo no fim de 2019. Porém, o procurador do Estado Carlos André Baptista mandou indenizar os trabalhadores com precatórios, certificados sem data para ser pagos.
Pobres… O TST já decidiu que o pagamento não pode ser por precatórios, como propõe o governo Wilson Witzel. A dívida é da Central Logística, empresa pública responsável pelas operações ferroviárias do Rio de Janeiro que ainda não foram privatizadas.
…ferroviários. Pelo menos 70 servidores já morreram, diz o sindicato da categoria, enquanto o processo se arrasta. O pagamento, quando for feito, beneficiará cerca de três mil trabalhadores (ativos e inativos).
BOMBOU NAS REDES!
Bia Kicis, deputada federal (PSL-DF): “Impeachment só porque o ministro Abraham Weintraub não reza na cartilha do Todos pela Educação? Respeitem o resultado das urnas.”
COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG E MARIANNA HOLANDA
Coluna do Estadão:
Twitter: @colunadoestadao
Facebook: facebook.com/colunadoestadao
Instagram: @colunadoestadao