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Novo líder do governo, Eduardo Gomes chegou ao MDB apadrinhado por Renan Calheiros

BRASÍLIA — Na política desde os anos 1980, o novo líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso, Eduardo Gomes (TO), foi eleito no ano passado para o seu primeiro mandato de senador pelo Solidariedade, mas, antes mesmo da posse, migrou para o MDB, incentivado pelo hoje correligionário Renan Calheiros (AL).
Discreto, Gomes usa o microfone da Casa poucas vezes, concentrando sua atuação política nos bastidores. É considerado do baixo clero do Congresso, embora ocupe a segunda secretaria da Mesa Diretora.

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Foi deputado federal por três mandatos consecutivos antes de chegar ao Senado. Na Câmara, fez parte do chamado centrão, ainda filiado ao Solidariedade. Foi na Câmara que conheceu Bolsonaro.

— Fomos deputados juntos por 12 anos. Tínhamos um bom tratamento pessoal. E também sou muito amigo do (Alberto) Fraga. Nascemos na mesma cidade — disse ao GLOBO, em referência ao ex-deputado federal e amigo de Bolsonaro, que também teve influência na escolha de Augusto Aras como procurador-geral da República.

Além do Solidariedade, já foi do PSDB e PSB. Ao MDB, chegou com o estímulo de Renan Calheiros, quando o senador disputava com Simone Tebet (MS) a indicação para ser o candidato do partido à Presidência do Senado. Gomes ficou do lado do senador, que foi o escolhido pelo MDB, mas desistiu da candidatura ao comando da Casa quando já havia maioria clara por Davi Alcolumbre (DEM-AP)

— Sou colega do Renan. Apoiei. Mas depois que ele desistiu, votei no Davi, de quem sou amigo há mais de 20 anos — comentou Gomes, lembrando que também foi colega do presidente do Senado na Câmara.

Depois de apoiar Renan e acabar votando em Alcolumbre, conseguiu um assento na Mesa Diretora da Casa e se aproximou do governo.

Gomes recebeu o convite para a liderança do governo na quinta-feira, em conversa pessoalmente com Bolsonaro, que destituiu Joice Hasselmann (SP), em meio à confusão entre parlamentares do PSL. Segundo ele, o convite é uma "coisa natural", já que ele já vinha atuando pró-Bolsonaro como um dos vice-líderes do governo no Senado.

— Serei um líder discreto e agirei com serenidade, preocupado com as pautas prioritárias para o governo, como a reforma da Previdência — prometeu Gomes.
Na votação do primeiro turno da reforma da Previdência no Senado, no início de outubro, Gomes usou o microfone apenas uma vez. No caso, para enaltecer o dia do vereador:

— Será um breve registro que farei rapidamente, para saudar neste momento os 57.136 vereadores e vereadoras deste País. Estou aqui, por coincidência, do lado direito aqui do vereador, hoje senador da República, Jorge Kajuru; do Vereador, hoje senador da República, Telmário; do Marcos Rogério; e de alguns senadores da República que tiveram a oportunidade de representar o seu  município na Câmara. Hoje é o Dia do Vereador.

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