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Tabata vê futuro fora do PDT, mas não pretende pedir para sair

Coluna do Estadão

17 de setembro de 2019 | 05h00

Deputada Tabata Amaral. FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

Apesar de, reservadamente, entender não ter mais clima para ficar no PDTTabata Amaral (SP) se recusa a assumir a culpa que o partido quer impor a ela por ter votado a favor da reforma da Previdência e pedir para sair. A deputada federal, segundo interlocutores, enxerga uma nítida intenção dos dirigentes de desgastá-la num processo lento, mesmo ela estando suspensa, ou seja, já ter sido punida pela cúpula pedetista. Para além do PDT, Tabata vislumbra seu futuro na criação de um partido ou no Cidadania. PSDB e DEM estão descartados.

Pote. Uma das grandes mágoas dos deputados punidos pelo PDT: eles poderiam ter recorrido ao STF em busca de uma liminar que liberasse o grupo na votação da reforma, mas preferiram não judicializar a questão apostando no jogo limpo dentro do partido.

Semelhanças. Há convergências entre a reforma da Previdência aprovada na Câmara e o programa de governo de Ciro Gomes e do PDT, ainda que o presidenciável tenha dito o contrário em entrevista recente: idades mínimas diferenciadas e políticas assistenciais, por exemplo.

Semelhanças 2. No caso da capitalização (acabou fora da reforma), a proposta do então candidato Ciro Gomes era ainda mais rígida do que a apresentada pelo governo, argumentam os defensores de Tabata.

A conta. O governo estima ter entre 56 e 60 votos tanto para a indicação de Augusto Aras à PGR quanto para aprovar a reforma da Previdência no Senado, ressalvados os destaques.

O nó. Aras ainda encontra resistência entre alguns integrantes da turma da Lava Toga, como Alvaro Dias (Pode-PR) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE). No MDB, a escolha de Eduardo Braga (AM) como relator da indicação deve facilitar as coisas para o governo.

Cabo-de-guerra. Ao defender a saída de seu colega Flávio Bolsonaro (RJ) do PSL, o senador Major Olímpio (SP) falou em nome de ala do partido que já prega um rompimento com a família do presidente. Esse grupo sonha com uma chapa Sérgio Moro e Janaína Paschoal na eleição presidencial de 2022.

Senadores Flávio Bolsonaro e Major Olímpio

SINAIS PARTICULARES. Flávio Bolsonaro e Major Olimpio, senadores (PSL-RJ e PSL-SP); por Kleber Sales

CLICK. Em São Paulo, Rodrigo Maia com integrantes do grupo Brasil de Ideias – Mulheres Positivas. Ele falou sobre a reforma tributária e o pacote anticrime.

Em São Paulo, Rodrigo Maia com integrantes do grupo Brasil de Ideias – Mulheres Positivas. Foto: Coluna do Estadão

Jeitinho. Universidades traçam estratégia para driblar o modus operandi do MEC de escolher o nome que preferir da lista tríplice para reitores. A ideia é enviar ao ministério o primeiro colocado e mais dois nomes do mesmo grupo dele. Assim, ficaria preservado, de certa forma, o projeto político do mais votado.

PRONTO, FALEI!

Janaina Paschoal. FOTO: MAURICIO GARCIA DE SOUZA/ALESP

Janaína Paschoal, deputada estadual (PSL-SP): “Eu não me decepciono, pois não tenho expectativas. Já passei da fase de me decepcionar”, sobre o senador Flávio Bolsonaro ser contra a CPI da Lava Toga.

COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, JULIANA BRAGA E MARIANNA HOLANDA

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