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Rodrigo Maia é reeleito presidente e comandará Câmara até 2021

Por Fernanda Calgaro, Guilherme Mazui, Luiz Felipe Barbiéri, Fábio Amato e Fernanda Vivas, G1 e TV Globo — o candidato antes da votação que o reelegeu presidente da Câmara — Foto: J.Batista/Câmara dos Deputados

 

O deputado federal Rodrigo Maia(DEM-RJ) foi reeleito nesta sexta-feira (1º) presidente da Câmara por mais dois anos. Esta é a terceira eleição consecutiva que ele vence para comandar a Casa e ficará no posto até 31 de janeiro de 2021.

Na votação, Maia recebeu 334 votos, 77 votos a mais do que o necessário para se eleger no primeiro turno. Em 2017, quando foi eleito presidente da Casa pela segunda vez, o deputado do DEM recebeu 293 votos.

O segundo colocado na disputa deste ano foi o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), que recebeu 66 votos. Marcelo Freixo (PSOL-RJ) recebeu 50 votos e foi o terceiro colocado no pleito. JHC (PSB-AL) recebeu 30 votos; Marcel Van Hattem (NOVO-RS) recebeu 23; Ricardo Barros (PP-PR), 4; e General Peternelli (PSL-SP) recebeu 2 votos.

 

A eleição de Maia foi a maior votação em um primeiro turno para a presidência da Câmara desde a eleição de Marco Maia (PT-RS), que recebeu 375 votos no pleito de 2011. Em 2009, o ex-presidente Michel Temer (MDB-SP) foi eleito com 304 votos. Em 2013, Henrique Alves (MDB-RN) conseguiu se eleger em primeiro turno com 271 votos. Eduardo Cunha (MDB-RJ), que também se elegeu no primeiro turno em 2015, recebeu 267 votos.

Cotado como favorito na disputa, ele conseguiu costurar o arco mais amplo de apoio com 15 partidos, incluindo o PSL do presidente da República, Jair Bolsonaro. Obteve apoio inclusive de legendas de esquerda, como PC do B e PDT.

Maia é deputado federal pelo Rio de Janeiro desde 1998 e foi eleito em outubro do ano passado para a sua sexta legislatura.

A primeira vez em que se elegeu presidente da Câmara foi para um "mandato-tampão" de pouco mais de seis meses após a renúncia do então presidente Eduardo Cunha (MDB-RJ), atualmente preso pela Operação Lava Jato.

 

Depois, conseguiu driblar uma regra prevista na Constituição e no Regimento Interno da Câmara que veda a reeleição dentro do mesmo mandato e se reelegeu presidente da Casa. Ele argumentou que seu caso não se encaixava nessa regra pois não havia cumprido um mandato completo de dois anos como presidente.

 

A sessão

Os deputados eleitos em 2018 tomaram posse nesta sexta-feira para a legislatura que irá até janeiro de 2023. Após a formalização dos blocos partidários e das candidaturas, sete deputados se habilitaram para a eleição de presidente da Câmara.

Cada um dos sete candidatos a presidente da Câmara teve 10 minutos para discursar no plenário, diante dos colegas – veja como foram as falas dos candidatos.

Painel eletrônico do plenário da Câmara mostra resultado da eleição para presidência da Casa — Foto: Fernanda Calgaro, G1

Painel eletrônico do plenário da Câmara mostra resultado da eleição para presidência da Casa — Foto: Fernanda Calgaro, G1

Perfil

Maia foi eleito para o primeiro mandato de deputado federal em 1998 pelo extinto PFL, que deu origem ao DEM em 2007 e do qual foi presidente nacional. Durante a carreira política, tentou, sem sucesso, se eleger prefeito do Rio em 2012, tendo Clarissa Garotinho (PR-RJ) como vice.

Rodrigo Maia nasceu no Chile, durante o exílio do seu pai, o ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM). No entanto, foi registrado no consulado brasileiro naquele país, o que faz dele um brasileiro nato – exigência para presidir a Câmara.

Mudou-se para o Brasil aos 3 anos com a família. Começou a cursar a faculdade de economia, mas não concluiu o curso. Trabalhou em bancos antes de entrar para a carreira política.

Pai de cinco filhos, é casado com Patricia Vasconcelos, enteada de Moreira Franco, um dos aliados mais próximos do ex-presidente Michel Temer e ex-secretário no seu governo.

Durante o governo Temer, assumiu a presidência da República interinamente algumas vezes. No fim do ano passado, quando estava como presidente em exercício, Maia causou polêmica ao sancionar a lei que afrouxa a Lei de Responsabilidade Fiscal para permitir que municípios estourem o limite de gastos com pessoal sem sofrer punições se houver queda na receita.

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