Respondendo à decisão de David Alcolumbre (DEM-AP) de levar ao plenário a decisão de se o voto à presidência do Senado deve ser aberto ou fechado, Renan Calheiros (MDB-AL) e seus apoiadores instauraram a gritaria dentro do plenário.

Katia Abreu (PDT-TO), que deve ganhar um cargo na mesa diretora caso Renan seja eleito, está entre as mais veementes. "Não aceitem essa votação", gritou ela e outros apoiadores do candidato do MDB. O desespero se deve, em parte, ao fato de que um abaixo-assinado passado antes da sessão indica que até 48 senadores, a maioria, apoiaria o voto aberto. Ou seja, há boas chances de que o voto passe a ser aberto.

David Alcolumbre chegou a cortar o microfone, mas depois convidou senadores a subir ao plenário. Com a legitimidade para presidir a sessão deslegitimada pelo fato de ele mesmo se apresentar como candidato, Alcolumbre está encurralado: não pode encaminhar a sessão interrompendo demais os senadores, para não ser acusado de passar por cima de seus concorrentes, mas também não consegue encaminhar a votação para acabar com o voto secreto, o que o beneficiaria. ÉPOCA