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Heitor Férrer aborda saída de cubanos do Programa Mais Médicos

Deputado Heitor FérrerDeputado Heitor FérrerFoto: Edson Júnior Pio

 
O deputado Heitor Férrer (SD) ressaltou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (21/11), a saída de Cuba do "Mais Médicos", programa federal que existe desde 2013 e leva médicos para regiões onde há carência desses profissionais.

O parlamentar disse que a retirada dos cubanos do País será prejudicial, porém considerou correta a atitude do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), de exigir dos profissionais o Revalida, um exame nacional voltado para formados no exterior que queiram exercer a medicina no País. “Se você vai tirar oito mil médicos do Brasil, é claro que teremos perdas, mas vamos superar. Nós médicos não somos contra o Mais Médicos. Somos a favor do Revalida para atestar se o profissional fala português e se tem segurança do que está fazendo”, defendeu.

O deputado salientou que o Revalida é uma regra inviolável. “Não fazer o Revalida é perigoso. O que garante que um médico Belga sabe o que está fazendo? O certo do Brasil era, ao ter feito o intercambio com Cuba, ter exigido que os profissionais fizessem o Revalida”, afirmou.

O parlamentar frisou ainda que o pagamento dos médicos cubanos deveria ter sido repassado de maneira integral aos profissionais. “Era para existir um contrato que pagasse ao trabalhador o salário inteiro. Isso cheira a escravidão. Os médicos cubanos não podiam nem trazer as suas famílias para o nosso País. Isso é absurdo”, criticou.

Heitor Férrer defendeu a criação de políticas que garantam a estabilidade profissional para os médicos participantes do programa federal. “É simples. Por que um médico vai aceitar um emprego que paga mediano e que é instável? Se muda o prefeito, o profissional pode perder o emprego. Assim não pode”, criticou.

Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) ressaltou que o pagamento de um salário mais justo para os médicos que trabalham no interior do País só pode ser feito quando o Governo Federal aumentar o repasse de verbas para a saúde. “Hoje, o Produto Interno Bruto (PIB) destina apenas 3% para a saúde. Um terço do que é destinado nos países europeus. Eu, como médico, defendo cada vez mais recursos para a saúde e estabilidade para os profissionais”, afirmou.

Carlos Felipe acrescentou que o Mais Médicos trouxe benefícios inegáveis para a população. “O presidente que entrar não vai poder acabar com esse programa. A aceitação é grande e os ganhos são imensos”, assinalou.

GM/RM

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