Entre as obras paralisadas, Jaime destacou o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). “Eu já havia alertado que o projeto foi mal executado, não tinha projeto de funcionamento e o preço vencedor seria insuficiente para a construção da obra”. O deputado alertou ainda que o tempo está promovendo a corrosão dos materiais, implicando mais custos quando os trabalhos do VLT forem retomados.

Outra obra citada pelo parlamentar foi a linha leste do metrô, indo da Praça da Estação até o Fórum Clóvis Beviláqua, na avenida Engenheiro Santana Júnior. Segundo ele, houve um erro na concepção da obra, na compra de máquinas perfuratrizes por R$ 130 milhões, ainda obrigando o uso desses equipamentos, pela empresa vencedora da licitação, na construção.

“Quando aqui chegaram os tatuzões, verificaram que a compra foi errada, porque não há energia elétrica suficiente para o uso das máquinas”, pontuou.  Segundo João Jaime, o Governo do Estado está sendo obrigado a realizar uma manutenção “caríssima” desses equipamentos, que “não saíram ainda das caixas”.

O parlamentar lembrou ainda a afirmação do deputado Ivo Gomes (Pros) de que há dinheiro em caixa, porém o Governo decidiu não colocar em funcionamento determinados equipamentos construídos na gestão passada, notadamente na área da saúde. “Não acredito que há dinheiro em caixa e o Hospital de Quixerambim não está funcionando”, enfatizou.

Na avaliação de João Jaime, houve uma falha de planejamento quando o Governo do Estado preferiu construir um aquário, enquanto a população está necessitando de obras para o combate à seca. “Ainda verificamos muitos gastos na rede hospitalar da região norte, enquanto as demais regiões estão sofrendo com a carência de recursos”.

O deputado ressaltou ainda que os R$ 100 milhões empregados na construção do aquário foram originários do tesouro do Estado, quando se apregoava que eram oriundos de empréstimo internacional.

Em aparte, o deputado Heitor Férrer (PSB) disse que o governador Camilo Santana deve exercer o seu poder discricionário e re-equacionar os gastos do Governo dentro de um bom senso, realizando somente o que é realmente necessário para o povo do Ceará.     JS/CG