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Cinco são presos em operação do Ministério Público que investiga fraudes em licitações

Cinco pessoas foram presas em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na manhã desta quinta-feira (14). Chamada de “Arquivos Deslizantes”, o órgão investiga na operação fraudes em licitações nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Os detidos estão sendo levados para Campinas (SP) e devem ser encaminhados para Piracicaba (SP), onde começaram as investigações.

 

O foco da operação são licitações para compra de módulos de arquivos deslizantes por prefeituras e câmaras municipais de diversas cidades. As investigações começaram por Iracemápolis (SP), em 2015, após o Ministério Público (MP) receber uma denúncia sobre as supostas fraudes.

O jurídico da Câmara de Iracemápolis informou que respondeu todas as informações e solicitações do MP, que questionou duas licitações do órgão, uma de arquivos deslizantes e outra de mobiliário. Esses processos licitatórios foram aprovados pelo Tribunal de Contas, segundo a Câmara. Eles não tomaram nenhuma providência interna, porque os questionamentos do MP sobre essas licitações foram feitos depois que o processo já tinha sido concluído, e disseram ainda que vão esperar as investigações do MP.


Investigações começaram após denúncias de licitações em Iracemápolis (Foto: Gustavo Biano/EPTV)

Investigações começaram após denúncias de licitações em Iracemápolis (Foto: Gustavo Biano/EPTV)

Operação

Ao todo foram cumpridos 50 mandados na manhã desta quinta, sendo 28 de busca e apreensão e 22 de prisão temporária, em várias cidades de São Paulo como Iracemápolis, Louveira, Jundiaí, Várzea Paulista, Piracicaba, Campinas, São José do Rio Preto, ABC Paulista, Leme e Franca.

 

Apontado como chefe da organização criminosa, o vereador de Catanduva (SP), Daniel Palmeira, foi preso durante a manhã na casa dele. Pela denúncia, ele teria fraudado mais de 70 licitações. As equipes também foram na Câmara de Vereadores de Catanduva para procurar documentos e outros materiais que possam ser usados na investigação.

Entre os presos, além do vereador de Catanduva, a informação é que foram detidos um empresário em Jundiaí e uma mulher em Várzea Paulista. Em Franca (SP), um bombeiro aposentado foi preso em um escritório no bairro Jardim Aeroporto. Ele é suspeito de fraudar licitações para a compra de materiais de escritório para prefeituras e câmaras de vereadores.


Gaeco faz operação contra esquema de fraudes em licitações em Catanduva (Foto: Janaina de Paula/TV Tem)

Gaeco faz operação contra esquema de fraudes em licitações em Catanduva (Foto: Janaina de Paula/TV Tem)

Fraudes

Ao longo da investigação os promotores apuraram que ao menos 15 empresas de várias regiões, todas com atuação no ramo de arquivos deslizantes (fabricação, comercialização, representação comercial, entre outros), participavam de licitações simulando concorrência que, na verdade, não existia.

Em diversos casos há demonstração da participação de agentes públicos, que sabiam dos ajustes entre as empresas e preparavam editais direcionados.


Suspeito é conduzido para sede do Ministério Público, em Campinas, na Operação Arquivos Deslizantes (Foto: Oscar Herculano/EPTV)

Suspeito é conduzido para sede do Ministério Público, em Campinas, na Operação Arquivos Deslizantes (Foto: Oscar Herculano/EPTV)  PORTAL G1

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