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Lula favoreceu Odebrecht no setor petroquímico, diz Emílio

Em depoimento ao Ministério Público, o empresário Emílio Odebrecht detalhou ocasiões nas quais procurou o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que atuasse em favor da empreiteira. Em dois episódios citados por ele, os pedidos teriam sido atendidos. (Veja no vídeo acima, a partir de 20 minutos e 20 segundos)

 

O ex-presidente Lula nega as acusações. Por meio de nota, afirmou que o conteúdo das delações premiadas demonstra que ele não praticou nenhum crime e é inocente. A assessoria do petista disse ainda que ele vem sendo acusado sem provas.

Emílio conta que, em 2007, a Petrobras decidiu comprar uma parte da Suzano Petroquímica, o que prejudicaria a Brakem, que é controlada pela Odebrecht. Segundo ele, a compra foi efetivada por um valor muito mais alto que o de mercado. O executivo, então, foi conversar com Lula e disse que “abriu o jogo” sobre a venda que considerava irregular.

“O Lula ouviu [e disse] ‘o que você está me trazendo é isso mesmo?’ Eu disse, presidente, eu já trouxe alguma coisa para o senhor que depois não foi a verdade?”, afirmou o empresário, em depoimento.

“E ele então disse 'olha, se isso é isso, vai ser desfeito esse negócio, ou vai se encontrar uma forma'. Moral do negócio: a Petrobras foi obrigada a vender parte. Aí não conheço mais detalhes”, relatou.

Emílio também apresentou outro exemplo, ocorrido em 2005, quando Lula teria recebido uma reclamação do empresário sobre uma compra que seria feita pela estatal.

“Mais um exemplo do empenho do ex-presidente em nos ajudar foi quando, em 2005, ele agiu para que a Petrobras não comprasse a participação da Petroquímica Ipiranga na Copesul”, afirmou.

A decisão de compra pela Petrobras teria sido tomada após a estatal ter desistido de adquirir ações da Braskem. Segundo ele, essa operação reduziria significativamente a competitividade da Braskem, colocando em risco o projeto de consolidação da companhia no setor.

“Estive com o presidente Lula para alertá-lo dessas manobras e a Petrobras acabou por não adquirir o Ipiranga, o que permitiu, já em 2007, a Braskem adquirir os ativos petroquímicos do grupo Ipiranga”, afirmou. PORTAL G1

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