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Delações da Odebrecht podem adiar julgamento de ação contra chapa Dilma-Temer, diz Gilmar

BRASÍLIA - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, não descarta a possibilidade de o julgamento que pode cassar a chapa Dilma-Temer na Corte não ocorrer no primeiro semestre do ano que vem, em função das delações da Odebrecht. Segundo Gilmar, que é ministro do Supremo Tribunal Federal, na medida em que surgirem informações sobre doações da empreiteira na última campanha, é possível que novas frentes de investigação se abram no processo que apura suposto abuso de poder político e econômico nas últimas eleições.

 

- Estou fazendo uma estimativa que, mantidas as condições de temperatura e pressão, podemos julgar no primeiro semestre. Se houver alongamento da discussão probatória, se o relator entender que temos que aprofundar, inclusive por causa das delações da Odebrecht, certamente teremos desdobramentos nessa fase - afirmou Mendes.

 

O relator do caso no TSE, ministro Herman Benjamin, anunciou na semana passada que, apesar do esforço de várias instituições para colher depoimentos e produzir provas, ainda havia perícias e outros pontos da investigação pendentes. Por isso, o caso ficaria para 2017.

A ação contra a chapa vencedora foi apresentada pelo PSDB. Para Gilmar Mendes, as investigações dentro e fora do âmbito do TSE mostram um "mosaico" de situações que precisarão ser analisadas. Ele diz que, antes de fazer qualquer inferência sobre declarações de delatores a respeito de doações eleitorais, será necessário investigar para fazer distinções:

- A simples doação de caixa 2 não significa a priori propina ou corrupção. Como a simples doação supostamente legal não significa algo regular - disse o ministro.

DILMA PEDE INVESTIGAÇÃO DE AZEVEDO

Também nesta segunda-feira, a defesa da ex-presidente Dilma Rousseff e da Coligação com a Força do Povo ingressou com requerimento para que Otavio Azevedo, ex-presidente da construtora Andrade Gutierrez, seja investigado pelo Ministério Público Federal. Segundo nota da assessoria de Dilma, o empresário fez uma "afirmação falsa em seu primeiro depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)", alegando que a Andrade Gutierrez "teria realizado doação de origem irregular de R$ 1 milhão à chapa Dilma-Temer nas últimas eleições".

A nota diz que Azevedo modificou seu depoimento e "reconheceu a regularidade da doação eleitoral à chapa Dilma-Temer, após ser confrontado com documentos que demonstravam a regularidade da doação, inclusive com depósito da Andrade Gutierrez ao PMDB e cheque nominal à conta do candidato a vice Michel Temer", atual presidente da República.




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