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Dilma diz que não autorizou caixa 2 em campanha; delações preocupam PT

A presidente afastada, Dilma Rousseff, afirmou nesta sexta-feira (22) que não autorizou pagamento de caixa dois durante suas campanhas eleitorais e que, se houve esse tipo de acerto, não foi com seu conhecimento. "Não autorizei pagamento de caixa dois para ninguém. Se houve pagamento, não foi com o meu conhecimento", disse Dilma em entrevista para a rádio Jornal Commercio.

A declaração da petista aconteceu um dia após o publicitário João Santana e sua mulher, Mônica Moura, afirmarem em depoimento à Justiça que receberam dinheiro de caixa dois para fazer a campanha de Dilma em 2010. O total, segundo eles, chegou a US$ 4,5 milhões.

Os relatos de Santana e Mônica, assumindo a prática de caixa dois como recorrente em campanhas eleitorais, deixaram a cúpula do PT preocupada. Isso porque, presos há cinco meses em Curitiba pela Lava Jato, ambos negociam um acordo de delação premiada, para tentar atenuar suas penas.

Petistas acreditam que as delações em série podem estimular o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto a também colaborar com a Justiça. Ele tem sido pressionado por familiares a contar o que sabe.

A mulher de João Santana, que cuidava das finanças do casal, disse que, após a campanha de Dilma em 2010, o PT não pagou tudo o que devia e protelava uma dívida de R$ 10 milhões.

Mônica afirmou que tentou resolver o caso "de várias formas" junto a Vaccari, que a orientou a procurar Zwi Skornicki, representante no Brasil do estaleiro asiático Keppel Fels, com negócios com a Petrobras.

Ficou acertado então que o débito seria saldado por Zwi em dez parcelas, em uma conta não declarada no exterior.

Na entrevista nesta sexta, Dilma, por sua vez, disse que as declarações do publicitário e de sua mulher não a preocupam mas, nos bastidores, aliados temem repercussões negativas diante do já bastante difícil cenário para tentar reverter o impeachment no Senado. FOLHA DE SP

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