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PGR foi contra prisão de Silvinei Vasques

Por Lavínia Kaucz / O ESTADÃO DE SP

 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. De acordo com o despacho do ministro, assinado no dia 23 de julho, o órgão apoiou somente a busca e apreensão e a quebra de sigilo do ex-chefe da PRF.

 

Silvinei Vasques foi preso na manhã desta quarta, 9, no bojo da Operação Constituição Cidadã, que investiga o suposto uso da máquina pública para interferir no segundo turno das eleições de 2022, quando a PRF teria direcionado o patrulhamento ostensivo ao Nordeste, reduto eleitoral do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além de decretar a prisão preventiva de Vasques, o ministro do STF também autorizou a busca e apreensão de outros 10 integrantes da PRF. A ofensiva tem o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que determinou que 47 agentes da corporação prestem depoimento sobre o caso.

O parecer da PGR, favorável somente às buscas contra o ex-chefe da PRF, não impediu o ministro Alexandre de Moraes de aceitar o pedido da Polícia Federal. O ministro apontou que a conduta de Vasques nas eleições, narrada pela PRF, era ‘ilícita e gravíssima’. Viu ‘elementos indicativos do uso irregular da máquina pública com objetivo de interferir no processo eleitoral’.

“As condutas imputadas a Silvinei Vasques são gravíssimas e as provas apresentadas, bem como as novas diligências indicadas pela Polícia Federal como imprescindíveis para a completa apuração das condutas ilícitas investigadas, comprovam a necessidade da custódia preventiva para a conveniência da instrução criminal”, anotou o ministro no despacho.

Em junho, ex-diretor da PRF prestou depoimento à CPMI do 8 de Janeiro sobre as operações da eleição e negou ter usado o cargo para beneficiar Bolsonaro. Ele afirmou que a ação da corporação foi mais intensa no Nordeste porque a estrutura da Polícia Rodoviária Federal é maior na região. Também disse ser vítima de uma “perseguição” e alvo da “maior injustiça da história”.

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