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Ex-vereadora de Curitiba é condenada a 41 anos e cinco meses de prisão por ‘rachadinha’

Rayssa Motta / O ESTADO DE SP

25 de abril de 2022 | 22h01

Fabiane Rosa foi a mulher mais votada para a Câmara Municipal de Curitiba na eleição de 2016 e assumiu no ano seguinte o primeiro mandato como vereadora. Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Curitiba

A ex-vereadora de Curitiba Fabiane Rosa (expulsa do PSD) foi condenada a 41 anos e cinco meses de prisão pelos crimes de peculato e concussão. Ela pode recorrer em liberdade.

A decisão é da juíza Carmen Lucia de Azevedo e Mello, da 2.ª Vara Criminal de Curitiba, para quem ficou provado que a ex-parlamentar operou um esquema de desvio de salários de funcionários em seu gabinete na Câmara Municipal – a chamada ‘rachadinha’.

O marido dela, Jonatas Joaquim da Silva, também foi condenado. Para ele, a pena de 23 anos e 11 meses de prisão.

Segundo a sentença, o casal ainda vai precisar pagar R$ 118 mil por danos materiais e devolver R$ 78 mil aos cofres municipais.

O Ministério Público do Paraná afirma que os salários dos servidores eram desviados por meio da devolução de um percentual da remuneração ou ainda pela aquisição de empréstimos consignados em nome dos funcionários.

Denunciada em agosto de 2020, a ex-vereadora foi presa cautelarmente naquele ano e cumpria prisão em regime domiciliar com tornozeleira eletrônica. Com a condenação, a medida foi revogada. Fabiane estava em seu primeiro mandato na Câmara Municipal.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO JEAN PAULO PEREIRA, QUE DEFENDE A EX-VEREADORA E O MARIDO DELA

Procurado pela reportagem, o advogado Jean Paulo Pereira, que defende o casal, informou que vai recorrer da decisão.

“A defesa ainda está em análise da sentença condenatória, justamente em razão da complexidade do caso. Mas, de antemão, já confirma que irá recorrer porque discorda de alguns elementos que não foram levados em consideração. Provas em relação aos defendidos não foram apreciadas, assim como alguns crimes trazidos na inicial acusatória não foram corroborados em juízo. A defesa esclarece que respeita a decisão do juízo monocrático, mas garante que irá recorrer da decisão”, disse ao blog.

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