Fachin vê ‘democracia ameaçada’ e pede ‘aliança indivisível’ a presidentes dos tribunais eleitorais
Pepita Ortega / o estado de sp
01 de abril de 2022 | 12h03
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Edson Fachin, afirmou na manhã desta sexta-feira, 1, que a Justiça Eleitoral está ‘sob ataque’ e a democracia, ‘ameaçada’. A declaração integrou o discurso em que o chefe da corte eleitoral pregou uma ‘aliança indivisível’ para os presidentes dos nove Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) da região Nordeste.
Fachin também registrou que a Justiça Eleitoral vai enfrentar ‘um período turbulento’ com o pleito de 2022, apontando que a sociedade está ‘em alerta’.
“Os deveres nos chamam hoje, mais do que nunca, para dissipar o flerte com o retrocesso e assegurar que a institucionalidade prevaleça sobre a ordem de coisas inconstitucional”, disse o ministro, após ressaltar a importância da defesa do processo eleitoral.
Segundo o presidente do TSE, a preocupação da corte para as Eleições 2022 é ‘garantir a segurança e a paz das cidadãs e dos cidadãos brasileiros’.
“Não vamos aguçar o circo de narrativas conspiratórias das redes sociais, nem animar a discórdia e a desordem, muito menos agendas antidemocráticas. Nosso objetivo, neste ano, que corresponde ao nonagésimo aniversário da Justiça Eleitoral, é garantir que os resultados do pleito eleitoral correspondam à vontade legítima dos eleitores”, ressaltou.
Fachin ainda destacou alguns ‘pontos relevantes’ que devem estar nos radares dos presidentes dos TREs, entre eles o enfrentamento ao ‘grande mal’ da desinformação e a realização de ações voltadas ao incentivo da participação feminina na política e ao combate à violência política de gênero.