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TSE quer identificar celular que propagou boatos sobre Bolsa Família

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Thereza de Assis Moura determinou na última sexta-feira que uma empresa de telefonia identifique, no prazo de dez dias, o proprietário de uma linha de celular que teria distribuído, durante as eleições de 2014, mensagens vinculando a continuidade do programa Bolsa Família ao resultado da disputa presidencial.

 

A decisão foi tomada nas ações que pedem a cassação da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer por abuso de poder político e econômico, além da suspeita de que a campanha dos dois pode ter sido abastecida com dinheiro desviado da Petrobras, conforme informações obtidas dentro do âmbito das investigações da operação Lava Jato.

 

Os torpedos ligavam a possível eleição do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que acabou como segundo colocado da disputa eleitoral, ao fim do Bolsa Família e eram assinadas pelo governo federal. O Palácio do Planalto negou qualquer ligação com as mensagens.

 

O número que teria replicado as mensagens é de um aparelho que está registrado no Rio de Janeiro. Além dos dados do proprietário relacionados ao período entre julho e outubro de 2014, o TSE também requisitou relação de outras linhas do mesmo usuário e quantas mensagens foram por elas enviadas no período.

 

Relatora das ações que pedem a perda do mandato de Dilma e Temer, a ministra Maria Thereza atendeu a pedido da defesa da presidente e determinou a retirada dos autos da ação uma comparação da petista com o diabo, feita pelo PSDB.

 

O PSDB incluiu no documento uma reprodução de uma frase polêmica lançada por Dilma pouca antes da campanha, de que se podia fazer ‘o diabo’ numa eleição, e escreveu: ‘Vade retro, Satanás”. Os advogados de Dilma no TSE pedem que seja riscado dos autos esse trecho, sob a justificativa de ser ofensivo à presidente.

 

O vice-presidente Michel Temer, hoje adversária da petista, solicitou ao TSE o desmembramento dos dois processos, o que lhe permitiria responder à parte por sua prestação de contas. A Corte ainda não se posicionou acerca da questão. (das agências) OPOVO

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