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Seis são denunciados em BH por desvio de medicamentos do SUS

MEDICAMENTOS VENCIDOS

Seis pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de desvio de medicamentos adquiridos com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) foram denunciadas em Belo Horizonte, conforme informou, nesta terça-feira (23), o Ministério Público Federal (MPF). Os remédios que deveriam ser distribuídos gratuitamente nos centros de saúde, unidades de pronto-atendimento e hospitais eram comercializados pela quadrilha, entre 2009 e 2013, segundo a investigação. Um relatório preliminar da auditoria realizada pelo município apontou um prejuízo aos cofres públicos de pelo menos R$ 897.551,76, segundo a procuradoria. Os nomes dos denunciados não foram informados.

Segundo a procuradoria, entre os envolvidos está uma servidora pública municipal, que, aproveitando-se do livre acesso ao sistema de registro e controle de medicamentos, subtraía os produtos para repassá-los aos demais acusados. Outros denunciados são dois proprietários de farmácias na capital mineira e o marido da servidora.

A fraude foi descoberta durante uma auditoria no sistema, a qual apontou movimentações atípicas. Conforme a apuração, medicamentos foram retirados do estoque para serem destinados a hospitais que não integravam a rede municipal de saúde ou a setores com funções exclusivamente administrativas.

A servidora, que trabalhava em uma farmácia distrital do Barreiro, requisitava os medicamentos e os separava na farmácia. A retirada era feita com a ajuda do marido dela e de outros três acusados. Segundo o Ministério Público Federal, estes envolvidos são acusados dos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva.

Os produtos eram repassados a terceiros por preço inferior aos praticados no mercado. Segundo a investigação, um dos compradores é proprietário de várias farmácias em Belo Horizonte, o qual foi denunciado pelo crime de receptação, que é o recebimento de produtos ilícitos. 

Dois dos acusados devem responder também pelo crime de expor à venda ou manter em depósito medicamentos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou com registro inativo. Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, a polícia encontrou na casa deles caixas de produtos importados ilegalmente, além de outros falsificados e proibidos pelo Ministério da Saúde.

Movimentação de remédios
De acordo com o Ministério Público Federal, entre 2009 e 2013, período de atuação da quadrilha, a movimentação registrada de medicamento aumentou. A denúncia relata que, em 2008, o fluxo de remédios antimicrobianos foi de 47.816 unidades, atingindo 450.920 unidades em 2011. Já a movimentação de remédios sob controle especial passaram de 0 unidades em 2007 para 2.177.074 em 2011.PORTAL G1

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