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Dodge pede inclusão de provas em processo da J&F e reafirma que delatores 'violaram' acordo

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta quinta-feira (31) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a inclusão de novas provas no procedimento sobre a validade da delação de executivos do grupo J&F.

Ela também reafirmou que, na visão da Procuradoria, os colaboradores violaram o acordo firmado com o Ministério Público.

 

Em setembro de 2017, a Procuradoria – na gestão de Rodrigo Janot – pediu a revogação dos acordos de quatro executivos (Joesley Batista, Wesley Batista, Francisco de Assis e Ricardo Saud) por suposta omissão. Eles teriam deixado de informar sobre suposta orientação do ex-procurador Marcelo Miller quando ele ainda integrava o MP.

Depois de assumir a PGR, Dodge reiterou o pedido para anulação dos acordos. O STF deve julgar ainda em 2019 a validade das colaborações e o destino das provas entregues pelos delatores. Eles negam qualquer tipo de omissão ou irregularidade e afirmam que colaboraram efetivamente com a Justiça.

O relator das delações, ministro Luiz Edson Fachin, autorizou coleta de provas sobre o episódio e ouviu uma série de depoimentos – em dezembro de 2018, os executivos foram ouvidos por um juiz auxiliar de Fachin.

Dodge informou que já havia pedido a juntada de duas novas provas, mas que ainda não havia sido atendida: a inclusão da ação penal aberta contra Marcelo Miller na Justiça Federal do Distrito Federal e da ação penal contra Joesley e Wesley que corre em São Paulo sobre a suposta prática de insider trading – uso de informações privilegiadas para lucrar no mercado.

Segundo ela, com o depoimento dos colaboradores, é preciso concluir a fase de coleta de provas. E, completou Dodge, a juntada dessas duas ações são "imprescindíveis" para comprovação de que os executivos "violaram" os acordos".

"Considerando o término da fase de produção da prova oral, ocorrido com a oitiva dos colaboradores no dia 18/12/2018, mister se faz seja o pedido de produção de prova ministerial apreciado e sejam deferidas as diligências requeridas oportunamente pela PGR, tendo em vista sua imprescindibilidade para deslinde da controvérsia versada nos presentes autos, na medida em que demonstram que os requeridos (colaboradores) violaram cláusulas do acordo de colaboração premiada firmado com o MPF", disse Raquel Dodge. PORTAL G1

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