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Palocci levava dinheiro em espécie ao Instituto Lula, diz motorista

BRASÍLIA — Em depoimento àPolícia Federal (PF), um motorista que trabalhou para o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci confirmou ter presenciado o transporte de dinheiro em espécie pelo ex-ministro. Aos investigadores, Carlos Alberto Pocente disse “acreditar” que Palocci levava esses recursos em espécie para o ex-presidente Luiz InácioLula da Silva.“Acredita que em muitas vezes que levou Antonio Palocci ao Instituto Lula ele estava carregando recursos em espécie”, diz o relatório sobre as declarações do depoente.

 

Pocente citou ter transportado Palocci para encontros em empresas do setor financeiro e de outros setores, como o banco Safra, a Odebrecht e o banqueiro André Esteves. No depoimento, o motorista disse que “levou Palocci até diversos banqueiros e sedes dos bancos. Que se recorda de ter levado Palocci em muitas oportunidades ao banco Safra, bem como a residência de seu proprietário. Que já levou Antonio Palocci em inúmeras oportunidades até a residência de André Esteves”.

 

Questionado pela PF sobre situações em que teve a percepção de que o ex-ministro carregava dinheiro em espécie, o motorista citou um episódio em que Palocci foi participar de um almoço no banco Safra no qual entrou com uma maleta vazia e que, após o almoço, “a maleta claramente estava cheia”. “Nessa oportunidade, depois de ir ao banco Safra, foram até a residência de Palocci e, após, dirigiram-se ao Instituto Lula”, afirmou.

 

Segundo o ex-motorista, em algumas ocasiões Palocci o advertiu de que estava com dinheiro em espécie dentro do carro. Pocente também confirmou um dos episódios relatados pelo ex-ministro e disse ter levado uma caixa de whisky para o ex-presidente Lula no aeroporto de Congonhas. O ex-motorista não assinou acordo de delação, mas corroborou as informações prestadas por Palocci em sua delação.

 

Em nota divulgada na semana passada, a assessoria de imprensa do ex-presidente Lula classificou de “mentiras” as declarações de Palocci. “Antônio Palocci, preso, tentou fechar um acordo com o Ministério Público inventando histórias sobre Lula. Até o Ministério Público da Lava Jato rejeitou o acordo por falta de provas e chamou de ‘fim da picada’. Mas o TRF-4 decidiu validar as falas sem provas de Palocci, que saiu da prisão e foi para a casa, com boa parte de seu patrimônio mantido em troca de mentiras sem provas contra o ex-presidente. O que sobra são historinhas para gerar manchetes caluniosas”, diz a nota.

 

Procuradas, a defesa de André Esteves e a assessoria do banco Safra ainda não responderam até a publicação desta matéria.

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