Busque abaixo o que você precisa!

Palocci presta depoimento em Brasília e tenta fechar outro acordo de delação

Ex-ministro é ouvido no âmbito da operação Greenfield e tenta firmar colaboração com procuradores do DF

O ex-ministro Antonio Palocci, durante depoimento ao ex- juiz Sergio Moro Foto: Reprodução
O ex-ministro Antonio Palocci, durante depoimento ao ex- juiz Sergio Moro Foto: Reprodução
BRASÍLIA — O ex-ministroAntonio Palocci presta depoimento nesta segunda-feira, em Brasília, no âmbito daOperação Greenfield, que apura fraudes em fundos de pensão vinculados a empresas estatais.(Relembre as acusações de Palocci sobre Lula)
A Procuradoria da República no Distrito Federal pediu autorização para a juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara de Curitiba, para ouvir Palocci sob o argumento de que ele pode contribuir com as investigações. Na decisão em que autorizou o depoimento, a juíza disse que o ex-ministro negocia um novo acordo de delação com procuradores do DF.

Para evitar a exposição, o ex-ministro optou por vir de carro até Brasília. Ele apresentou um plano de viagem aprovado pela juíza de Curitiba. Ele deve ficar três dias na capital.

Palocci está em regime semiaberto diferenciado e cumpre pena em sua casa, em São Paulo, desde 29 de novembro. Ele é monitorado por tornozeleira eletrônica.

Em nota, o advogado do ex-ministro, Tracy Reinaldet, afirmou que "Antônio Palocci continua colaborando de modo amplo e irrestrito com a Justiça e com Ministério Público Federal".

Delações de Palocci

Depois de tentativas frustradas de firmar delação com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Palocci assinou seu acordo com a Polícia Federal de Curitiba em abril do ano passado. O documento foi  homologado dois meses depois pelo Tribunal Regional Federal da 4a. Região (TRF-4). A corte reduziu a pena do ex-petista de de 12 anos para 9 anos de prisão e deu a ele o benefício de cumprir a detenção em regime semiaberto domiciliar com monitoramento de  tornozeleira eletrônica. Com isso, ele pode sair de casa para trabalhar mas tem que ficar recluso a noite e nos fins de semana.

Essa delação não envolveu autoridades com foro privilegiado e focou fatos ilícitos ligados principalmente aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e às campanhas de ambos. Entre as revelações do ex-ministro estão pagamento de propina para o PT em troca da edição de medidas provisórias, uso do pré-sal para levantar recursos para campanhas do partido, nomeação de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras com o intuito de garantir desvios no âmbito da estatal.   

O ex-petista também firmou uma segunda delação, esta com a PF de Brasília e que envolveu autoridades com foro privilegiado. A tratativa foi homologada no fim de outubro pelo ministro do Supremo Tribunal e relator da Lava Jato Edson Fachin. 

Em Brasília, o ex-ministro tenta fechar seu terceiro acordo, desta vez com a Procuradoria do Distrito Federal no âmbito da operação Greenfield. Essa negociação também não envolve políticos com foro e aborda especificamente fatos vinculados aos fundos de pensão de estatais, como a injeção de recursos bilionários desses fundos na Sete Brasil, empresa destinada a construir sondas para a exploração do petróleo no pré-sal. O objetivo era arrecadar dinheiro para campanha do PT. O GLOBO

Compartilhar Conteúdo

444