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Plenário do STF decidirá se casos de caixa 2 devem ser enviados à Justiça Eleitoral

Por Mariana Oliveira, TV Globo — Brasília

 

Ministros da Primeira Turma do STF durante a sessão desta terça-feira (20) — Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Ministros da Primeira Turma do STF durante a sessão desta terça-feira (20) — Foto: Nelson Jr./SCO/STF

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu nesta terça-feira (20) enviar ao plenário da Corte uma questão de ordem para decidir se casos de caixa 2 devem ser enviados à Justiça Eleitoral.

O caixa 2 consiste em o candidato ou o partido político receber doação e não declarar à Justiça Eleitoral.

 

Entendimentos diferentes das Turmas do STF, contudo, têm feito com que alguns casos sejam remetidos à Justiça Eleitoral e outros, à Justiça Comum ou Federal, por terem conexão com outros crimes, como corrupção e lavagem de dinheiro.

Nesta terça, o presidente da Primeira Turma, Alexandre de Moraes, afirmou que pedirá ao presidente do Supremo, Dias Toffoli, para incluir o tema na pauta com urgência.

Ao enviar o caso para o plenário, a Primeira Turma do STF atendeu a um pedido da Procuradoria Geral da República, que cobra uma definição por parte do tribunal sobre o tema.

O caso em análise

A decisão foi tomada pela Primeira Turma no inquérito relacionado ao ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (MDB) e ao deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ).

A investigação tem como base delações de ex-executivos da Odebrecht, que afirmaram que Pedro Paulo recebeu R$ 3 milhões para campanha em 2010, além de outros valores em 2014. Paes teria ajudado na intermediação.

Ainda segundo os delatores, Eduardo Paes teria recebido mais de R$ 15 milhões em 2012 para campanha à reeleição como prefeito em troca de facilitar contratos dos Jogos Olímpicos de 2016.

Desde o início das investigações, Paes e Pedro Paulo negam ter cometido irregularidades.

Decisão

Inicialmente, o relator do caso, Marco Aurélio Mello, havia remetido o processo para a Justiça Comum do Rio. A PGR, contudo, recorreu, pedindo que parte do caso fosse para a Justiça Eleitoral e outra parte, para a Justiça Federal.

Alguns ministros defenderam que o Supremo:

  • enviasse os fatos de 2010, por serem caixa dois, para a Justiça Eleitoral;
  • Continuasse com os fatos de 2014, por terem relação com o mandato atual de Pedro Paulo;
  • e só levasse para discussão em plenário os fatos de 2012, que envolviam caixa dois e também suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro.

Marco Aurélio Mello, então, entendeu que o plenário deveria decidir sobre os três fatos, sem dividir a questão. A maioria da Primeira Turma concordou.

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