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A solução do crédito consignado

A liberação de crédito para novos empréstimos não vai garantir a retomada da economia é o que afirma o economista e diretor-geral da Valorize Consultoria Empresarial, José Maria Porto. “A solução do crédito consignado é para aquelas pessoas que estão endividadas com taxas de juros maiores e querem trocar por uma dívida mais barata. Se o Governo está achando que vai pra consumo, não vai. O problema não está na falta de crédito, mas da falta de condições de pagá-lo”.

Uma situação que se agrava pelo temor do desemprego, que tende a se acentuar este ano. “Estamos em um momento super delicado , onde diversas empresas estão reestruturando processos, tentado reduzir funcionários, algumas fechando as portas. E esta é a única reserva que o trabalhador tem fora o seguro desemprego, seria um erro utilizar como garantia de empréstimo. É uma medida que só beneficia os bancos”.

Além da liberação dos R$ 17 bilhões em recursos do FGTS para consignado ao setor privado, está previsto no pacote do Governo R$ 10 bilhões do FGTS para instituições financeiras contratarem novas operações de crédito imobiliário e mais R$ 22 bilhões em recursos do FI-FGTS (fundo de investimento do FGTS) em crédito para operações de infraestrutura. Medidas consideradas paliativas pelo economista.

Ele lembra ainda que, apesar do Governo ter maioria no Conselho Curador do FGTS, não será tão fácil passar a proposta no Congresso. “O Congresso tem outras medidas polêmicas que também estão sendo passadas por lá, inclusive, relacionadas ao próprio FGTS, como o aumento da remuneração e a distribuição dos lucros”, analisa. OPOVO

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