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Temer diz que ações de apoio à segurança não devem ficar apenas no Rio de Janeiro

Carla Araújo e Tânia Monteiro, O Estado de S.Paulo

27 Fevereiro 2018 | 13h28

BRASÍLIA - Ao criar o 29º ministério de seu governo, o presidente Michel Temer disse que tem contado com ampla cooperação das Forças Armadas, que a intervenção na segurança do Rio foi "democrática" e não descartou ajudar outros Estados que necessitarem de apoio na área da segurança. 

Cerimônia de posse
Cerimônia de Posse do Ministro Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann Foto: Marcos Corrêa/Presidência

"Só chegamos à intervenção parcial no Rio de Janeiro -- porque ela é parcial e democrática - porque está amparada pelo texto constitucional e é uma intervenção civil, de forma acordada com o governador (Luiz Fernando Pezão)", afirmou o presidente, dizendo que a criação da pasta "enaltece o diálogo" "numa linha de quem despreza o autoritarismo". 

O presidente, que deu posse no fim da manhã desta terça, 27, a Raul Jungmann como ministro da Segurança, afirmou que o governo "trabalhou conjuntamente para chegarmos aqui em harmonia". "Desde o primeiro momento quando pedi a cooperação das Forças Armadas e elas jamais se negaram, pelo contrário", afirmou. 

Temer, que confirmou que já chamou os governadores para uma reunião sobre segurança na próxima quinta-feira, disse ainda que o governo não deve "ficar apenas no Rio de Janeiro", pois ações de segurança pública são solicitadas em todo o País. 

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Ao destacar que os Estados continuarão os responsáveis pela segurança pública, o presidente disse que "caberá ao ministério coordenar e promover a integração das ações dos Estados, inclusive na área de inteligência". "Não basta botar a polícia presencialmente, é preciso, nos dias atuais, em face dos avanços tecnológicos, ter inteligência."

O presidente voltou a dizer que no passado os governantes "não queriam pôr a mão neste assunto" e afirmou que seu objetivo não é interferir em outro poder. "Não vamos invadir competência dos Estados", afirmou. 

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Sem despedida.  Pouco antes de Temer, Jungmann disse em seu discurso de posse que se despedia do Parlamento "em nome desta causa", tese que foi rebatida pelo presidente Temer. "Vou fazer uma pequena retificação: Jungmann diz que hoje sai da política e eu penso que você se introduziu cada vez mais", afirmou. "Você apoiou hoje uma das mais nobres tarefas da política, está administrando um setor importantíssimo", completou. 

Temer citou ainda que passou 24 anos no Parlamento e que mesmo após ter deixado a vida no Congresso para ser vice e chegar à presidência hoje se sente "entusiasmadamente inserido". "E você (Jungmann) continua mais intensamente nela (na vida politica)", completou. 

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