Hora de reforma e investimentos - ISTOÉ
Vencida a ameaça de ações jurídicas ao seu mandato, Michel Temer elaborou uma estratégia para chegar ao final de seu governo, em dezembro de 2018, com reformas políticas e administrativas. No campo político, o presidente chegou à conclusão que a reforma ministerial “é inevitável”, como vêm pedindo os aliados no Congresso, e decidiu que vai fazê-la “no momento certo”.
Isso pode acontecer até abril, com a saída de ministros que deverão disputar as eleições. Já no campo administrativo, Temer anunciou a implantação imediata do programa “Avançar”, que prevê a aplicação de R$ 130 bilhões para tocar 7.439 obras paradas em todo País. Esse projeto será comandado pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco. Entre as obras que serão retomadas estão creches, trechos de rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos, além de unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida.
“A reforma ministerial será feita no momento certo”
Michel Temer, presidente da República
Pressões
“Eu saberei o que é certo, para fazer no momento certo, a reforma ministerial. É algo que, toda vez que você governa, essas reformas estão sempre em cogitação. Eu saberei o momento certo de fazer. Eu reconheço que há pleitos e, sobremais, como muitos ministros vão deixar seus cargos, é claro que a reforma será inevitável”, disse Temer, durante solenidade de lançamento do programa Avançar, na quinta-feira 9, no Palácio do Planalto.
O presidente vem sendo pressionado pelos partidos do centrão (como DEM, PSD, PTB, PP) a fazer a reforma ministerial, reduzindo a participação do PSDB no governo, que atualmente tem quatro ministros, mas não tem votado unido a favor de Temer. O presidente vem adiando essa decisão, pois espera contar ainda com os votos tucanos para aprovar as reformas, como a da Previdência.