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Temer quer levar ações da Educação à vitrine

Educação é uma das áreas que Temer levará vitrine: vagas no Fies e no ensino em tempo integral

Em meio a um esforço para empurrar o seu governo das cordas para o centro do ringue, Michel Temer reuniu-se nesta terça-feira com os ministros da área social. Pediu que arregacem as mangas e levem à vitrine as ações de suas respectivas pastas. Quer evitar a proliferação da tese de que seu governo terá vida vegetativa nos 14 meses que lhe restam de mandato.

Uma das áreas em torno das quais o governo deseja bater bumbo é a Educação. Trabalha-se para que o Senado aprove nesta quarta-feira a proposta de reformulação do Fies, o programa de financiamento estudantil. Após a sanção de Temer, serão abertas 300 mil vagas para 2018 —100 mil vagas para cada uma das três faixas que passam a coexistir no programa.

Na primeira faixa, para estudantes com renda familiar de até três salários mínimos, o financiamento dos estudos será bancado pelo Tesouro, com juro zero. Hoje, os juros são de 6,5% ao ano. A segunda e a terceira faixas destinam-se a alunos com renda familiar de até 5 salários mínimos.

Numa, estudantes do Norte, Nordeste e Centro-Oeste serão financiados com verbas de fundos constitucionais. Tomarão empréstimos nos guichês do Banco da Amazônia, do Banco do Nordeste e do Banco do Brasil a juros de até 3,5%. ao ano. Noutra. os alunos negociarão as taxas dos seus com a rede bancária pública e privada.

O pano de fundo das mudanças á a necessidade de retirar o Fies do vermelho. Hoje, o programa acumula um rombo de notáveis R$ 32 bilhões. As faculdades, que espetavam toda a inadimplência no Tesouro, passarão a ser corresponsáveis pelos maus pagadores. Os estudantes começarão a pagar os empréstimos imediatamente, não 18 meses depois do encerramento do curso, como era antes.

Também na área educacional, o ministro Mendonça Filho anunciará mais um pacote de 250 mil matrículas em escolas de ensino médio de tempo integral. O governo federal divide os custos com os Estados que se dispõem a seguir o modelo pedagógico estruturado pelo MEC e se comprometem com um conjunto de metas.

Somadas às 250 mil vagas abertas no ano passado e a outras 300 mil herdadas da gestão de Dilma Rousseff, a União terá colocado suas digitais em 800 mil matrículas do ensino médio em tempo integral. É algo como 10% de todas as 8 milhões de matrículas dessa modalidade de ensino. Parece pouco. Mas como é algo jamais visto, Temer, se pudesse, imitaria Lula: “Nunca antes na história desse país.” JOSIAS DE SOUZA

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