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Assim como Temer, Lula também mexeu na CCJ

Coluna do Estadão

12 Julho 2017 | 05h30

Foto: Daniel Teixeira/Estadão

O ex-presidente Lula também lançou mão do troca-troca na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara para alterar o placar de acordo com seus interesses. Mas ninguém superou o atual governo. Em dezembro de 2016, o Planalto patrocinou 34 trocas no colegiado para aprovar a reforma da Previdência e o projeto de terceirização. No processo para tentar rejeitar a abertura de processo contra Temer, já são 13 as trocas. O recorde no governo Lula foi em 2003, quando foram feitas 21 mudanças também para aprovar reforma previdenciária.

Não recomendo. Em junho de 2016, Eduardo Cunha patrocinou a troca de 17 deputados na CCJ para evitar a cassação do seu mandato. Acabou derrotado mesmo assim.

Ela também. O deputado Mauro Pereira (PMDB-RS) fez o levantamento na gestão Dilma. Em 2014, foram 16 trocas na CCJ; 27 em 2015 e 34 em 2016. A petista foi afastada do mandato em maio do ano passado.

Revoltados. Ministros têm se recusado a seguir o script do publicitário Elsinho Mouco ao gravar vídeos de apoio ao governo.

Sem assinatura. No enredo escrito por Mouco, ministros teriam de apresentar os projetos das pastas e finalizar dizendo que o “momento requer lealdade a Temer”. Os vídeos saem, mas sem esse desfecho.

Descobertos. Políticos que atuam para evitar um rompimento entre Michel Temer e Rodrigo Maia identificaram que os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco têm alimentado a rede de intrigas.

Estamos quietos. Maia chegou a se estressar com Moreira Franco. Ontem, a turma do deixa disso entrou em campo e ele terminou o dia mais calmo. O grupo pró-Maia calcula que Temer escapa do processo se a votação for na semana que vem.

Conte comigo. O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) foi ontem à noite ao Planalto dizer ao presidente Temer que ele pode contar com seu voto na CCJ pela rejeição da denúncia, desfazendo boatos de que seguirá o relator.

Respaldado. Aleluia estava acompanhado do presidente do DEM, José Agripino Maia, para indicar que sua posição passa pelo partido. Na CCJ, o DEM garante 3 dos seus 4 votos pró-Temer. Só Marcos Rogério (RO) vota contra. O partido nem pensa em substituí-lo.

Chumbo grosso. A diretoria do Postalis encaminhou ontem ao procurador Anselmo Lopes, responsável pela Greenfield, os primeiros resultados de uma sindicância realizada em investimentos que deram prejuízo ao fundo dos Correios. Nos últimos anos, o Postalis era feudo do PMDB.

Bombardeio. Na correria para apagar o incêndio provocado pela ocupação da Mesa do Senado, ontem, Romero Jucá foi interrompido pela secretária: “Senador, os chineses já chegaram no gabinete”. Jucá rebateu: “Chineses? Não vê que estou cheio de norte-coreanas para encarar?”

CLICK. A bancada do PSOL esteve ontem com o procurador-geral Rodrigo Janot para tratar da denúncia contra Michel Temer, acusado por corrupção passiva.

Foto: Leonardo Prado/Secom PGR

Amigo. A nomeação de um indicado do presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco, para a presidência de Furnas voltará a ser discutida pelo governo em breve. Há uma preocupação com a escolha do relator da próxima denúncia contra Temer.

Chega. Eunício Oliveira foi firme com petistas que estavam no Senado ontem reforçando o protesto contra a reforma trabalhista. “O senhor não vai falar aqui porque não é senador”, disse ao deputado Henrique Fontana (PT-RS), que gritava contra o projeto aprovado pelo plenário.

Gancho. Governistas querem que o Conselho de Ética do Senado aprove, como exemplo, suspensão por 30 dias do mandato das senadoras que ocuparam a Mesa.

Só. Relator da Previdência, Arthur Maia será o único voto do PPS pró-Temer.

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SINAIS PARTICULARES – DEPUTADO ARTHUR MAIA
ILUSTRAÇÃO – KLÉBER SALES

FRENTE A FRENTE

“Em vez de protestar contra a reforma, devolvam os recursos que foram desviados lá da Petrobrás.”

Senador José Medeiros (PSD-MT)

“Do que o senhor está falando? O senhor é suplente aqui no Senado! Nem voto o senhor tem!”

Senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR)

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