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Centro de Formação Olímpica – Por que não fechar parcerias com ONGs e universidadaes?

Com o título “Notas sobre o Centro de Formação Olímpica”, eis artigo de Amaudson Ximenes Veras Mendonça, sociólogo, mestre em Políticas Públicas e Sociedade pela Universidade Estadual do Ceará e pesquisador da modalidade Ciclismo BMX. Ele faz sugestões ao Governo sobre aproveitamento desse equipamento que, por enquanto, lembra um elefante branco. Confira:

Recentemente, o governador Camilo Santana recebeu a visita do ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, que visitou o Centro de Formação Olímpica do Nordeste (CFO). Inaugurado em 2014, quase não funcionou. Indefinição no modelo de gestão, troca constante de gestores na Sesporte e crises políticas e financeiras são apontados como entraves ao funcionamento pleno.

Para o pesquisador da FGV Luciano Bueno, a construção de uma política pública de esporte passa pelo incentivo equilibrado do esporte na escola, no lazer e no alto rendimento. O primeiro é focado na criança e no adolescente, objetivando desenvolvê-los física, moral e mentalmente, tendo a educação física como instrumento científico de orientação, controle e desenvolvimento das capacidades e habilidades dos alunos. Também pode ser desenvolvido por ONGs por meio de escolinhas, estimulando desde cedo à consciência para a saúde, o convívio social e a prática do esporte. O segundo engloba a participação em atividades tidas como esportivas, com características formais ou informais pela população em geral, sem compromisso com a competição valorizando o aspecto lúdico, o tempo livre, o bem-estar físico e psicológico, defendido por diversas categorias de profissionais como importante componente para a saúde pública. O terceiro se caracteriza pela competição, busca da superação e do recorde, exigindo alto grau de dedicação, investimento, forte apoio estatal aliado a uma massa de consumidores responsáveis pelo seu financiamento, além de participação dos meios de comunicação responsáveis por sua difusão e consumo.

Para Bueno, ao privilegiar o futebol e os esportes de alto rendimento, as políticas públicas de esporte não trarão os resultados esperados ao conjunto da sociedade. É necessário equilibrar essa distribuição.

A aproximação com as universidades por meio da participação de equipes multidisciplinares seria uma forma de fortalecer os tipos propostos. Além disso, os espaços poderiam ser geridos por ONGs via Edital de Ocupação, prática exitosa e usual no campo cultural na gestão de espaços culturais. No campo esportivo, podemos citar a experiência da Pista de BMX do CFO, cedida em duas ocasiões para a Federação Cearense de Ciclismo para a realização de competições, podendo ser ampliada para treinos regulares e formação de crianças e jovens. Outra ação seria a criação de um fundo voltado para o custeio do equipamento. O esporte não é somente espetáculo; é também um instrumento de socialização, de saúde e de educação.

*Amaudson Ximenes Veras Mendonça

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Sociólogo, mestre em Políticas Públicas e Sociedade pela Universidade Estadual do Ceará; pesquisa a modalidade Ciclismo BMX   / COM BLOG DO ELIOMAR

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