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Brasil pode ter em junho a primeira deflação em 11 anos

Reuters

19 Junho 2017 | 16h58

Especialistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central passaram a ver deflação em junho que, se confirmada será a primeira em 11 anos, em um ambiente de queda das perspectivas de crescimento e de inflação na economia brasileira. A expectativa para os preços neste mês agora é de queda de 0,07%, contra estabilidade na semana anterior. Se confirmada, será a primeira deflação mensal desde junho de 2006, quando houve queda de 0,21%, segundo dados do IBGE.

Banco Central
Mercado espera inflação em 3,64% em 2017 Foto: André Dusek/Estadão
 

Esse resultado confirma a consolidação da desinflação vista pelo BC, em meio ao cenário de economia fraca e incertezas políticas. No entanto, o presidente da autoridade monetária, Ilan Goldfajn, já afirmou que o provável resultado favorável da inflação em junho deverá representar oscilações pontuais devido ao reajuste dos preços administrados. Ele destacou que isso "não têm implicação relevante para a condução da política monetária".

Reuters

19 Junho 2017 | 16h58

Especialistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central passaram a ver deflação em junho que, se confirmada será a primeira em 11 anos, em um ambiente de queda das perspectivas de crescimento e de inflação na economia brasileira.

A expectativa para os preços neste mês agora é de queda de 0,07%, contra estabilidade na semana anterior. Se confirmada, será a primeira deflação mensal desde junho de 2006, quando houve queda de 0,21%, segundo dados do IBGE.

Banco Central
Mercado espera inflação em 3,64% em 2017 Foto: André Dusek/Estadão
 

Esse resultado confirma a consolidação da desinflação vista pelo BC, em meio ao cenário de economia fraca e incertezas políticas. No entanto, o presidente da autoridade monetária, Ilan Goldfajn, já afirmou que o provável resultado favorável da inflação em junho deverá representar oscilações pontuais devido ao reajuste dos preços administrados. Ele destacou que isso "não têm implicação relevante para a condução da política monetária. Para a inflação no fim deste ano, os economistas consultados passaram a ver alta de 3,64% do IPCA, contra estimativa anterior de 3,71%. Para 2018, a projeção agora é de 4,33%, de 4,37% antes. Em ambos os casos, os indicadores se distanciaram ainda mais do centro da meta oficial de inflação, de 4,5%, com margem de 1,5 ponto porcentual para mais ou menos.

O cenário para a política monetária, por sua vez, não sofreu alterações, com a perspectiva de corte de 0,75 ponto porcentual da Selic, atualmente em 10,25% ao ano, na reunião de julho do BC. Permaneceram também as projeções de que a taxa básica de juros terminará este ano e o próximo a 8,5%.

Por sua vez, o Top-5, que reúne economistas que mais acertam as projeções, elevou a perspectiva para a Selic este ano a 8,50%, sobre 8,38% na mediana das projeções da semana anterior. Para o ano que vem, permaneceu a expectativa de que a taxa básica de juros termine a 8%. o estado de sp

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