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Segurança em Brasília terá 1.500 militares do Exército e da Marinha

RIO - O patrulhamento da Esplanada dos Ministérios contará com 1.500 militares - sendo 1.300 do Exército e 200 da Marinha - e deverá começar ainda na noite desta quarta-feira. Numa primeira etapa da operação, receberão reforço no policiamento os prédios do Palácio do Planalto, do Itamaraty, do Ministério da Defesa e das três forças, Exército, Marinha e Aeronáutica. Prédios que foram atacados também receberão reforço de tropas, assim com nos Palácios da Alvorada e do Jaburu.




O Ministério da Defesa informou também que não vai atuar nos gramados e nas vias, cujo policiamento ficará a cargo da Polícia Militar e, eventualmente, da Força Nacional de Segurança. A ideia é garantir o direito de ir e vir dos funcionários.

O presidente Michel Temer acionou nesta quarta-feira a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para que as Forças Armadas façam a segurança da Esplanada dos Ministérios, após protesto que deixou prédios de várias pastas depredados.

O decreto de Temer foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União e estabelece que as tropas federais atuarão na capital por uma semana, até o dia 31. A área específica de atuação, no Distrito Federal, será delimitada pela Defesa.

A GLO é invocada, segundo a Defesa, quando há "esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem". O dispositivo constitucional, que é de atribuição exclusiva do presidente da República, prevê que os militares podem, provisoriamente, atuar com poder de polícia.

O governo explica que emprego da GLO é diferente de autorizar a intervenção militar, o que acontecia na ditadura. Ele foi utilizado durante as Olimpíadas e a Copa do Mundo para garantir a segurança das pessoas no Distrito Federal.

Os manifestantes quebraram vidros, picharam e invadiram os prédios na Esplanada. Segundo funcionários do Ministério da Agricultura, os manifestantes invadiram o prédio e atearam fogo no auditório, no térreo. Além disso, quebraram os porta-retratos na galeria dos ex-ministros. A tropa de choque entrou e ajudou os servidores a deixarem o local.

Próximo ao ministério da Saúde e do Planejamento, também havia outros focos de incêndio. No Ministério do Planejamento, os manifestantes pegaram os sofás da portaria, os colocaram do lado de fora do prédio e atearam fogo. No ministério da Cultura, documentos e computadores foram jogados para fora do prédio.

Também houve registro de depredação nos ministérios da Fazenda, Turismo e Minas e Energia.

'PM NITIDAMENTE ACUADA'

Um assessor próximo ao presidente Michel Temer disse que o reforço na segurança aconteceu porque a Polícia Militar estava "nitidamente acuada". Era preciso, portanto, garantir a segurança do patrimônio público e a integridade física dos funcionários que ficaram presos nos prédios, disse esse interlocutor. Integrantes do governo afirmaram ainda que o uso de efetivo das Forças Armadas ocorreu apenas de forma defensiva do patrimônio público, sem qualquer objetivo de atacar manifestantes:

- As Forças Armadas não foram chamadas para uma ofensiva contra manifestantes, e sim para dar proteção aos prédios da Praça dos Três Poderes, e só com uma função defensiva - afirmou esse interlocutor.

O governo resolveu usar efetivo das Forças Armadas porque boa parte dos homens da Força Nacional estão cedidos para o Rio de Janeiro e estados do Nordeste. Em Brasília, restaram apenas 100 homens da Força Nacional. O GLOBO







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