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Ambulâncias doadas pelo Ministério da Saúde a cidades mineiras estão paradas há anos

Em São José da Lapa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, 18 ambulâncias estão paradas há cerca de três anos. Elas deveriam atender cerca de um milhão de pessoas em 13 cidades na Região Central de Minas Gerais. Todas foram doadas pelo Ministério da Saúde para um projeto regional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O custo de manutenção é dividido entre o governo federal (50%), o estado (25%) e os municípios (25%). O governo de Minas Gerais estaria atrasando o repasse de dinheiro.

 

“Elas não podem rodar porque não adianta eu por ambulância em uma cidade se não tiver equipe pra trabalhar e essa equipe não custa barato. Ela custa R$ 50 mil”, disse o presidente do Consórcio Aliança, Vitor Penido. De acordo com a prefeitura, são R$ 900 mil por mês para manter as 18 ambulâncias funcionando. Mesmo paradas, elas têm um gasto mensal de R$ 50 mil reais para aluguel do pátio e segurança.

A situação é semelhante em Divinópolis, na Região Centro-Oeste do estado. Lá, 31 ambulâncias com maca, oxigênio e prancha de resgate nunca foram usadas. Elas estão paradas onde era para funcionar a sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A inauguração do prédio, pronto há um ano, já foi adiada quatro vezes por falta de dinheiro. As ambulâncias atenderiam 54 cidades da região.

Lagoa Santa, na Região Metropolitana, é outra cidade sem Samu, apesar da estrutura estar pronta. Na base do serviço há outra ambulância parada. Enquanto ele permanece fechado, as vítimas de urgências, como acidentes de trânsito por exemplo, são socorridas por bombeiros que precisam se deslocar de Vespasiano, a 11 Km de distância.

Na cidade chegou a ter concurso pra trabalhar no Samu, mas os aprovados acabaram dispensados por celular.

“A gente ficou frustrado e decepcionado porque, como você faz um concurso público que é publicado no diário oficial, uma coisa tão séria, e de repente manda mensagem no celular falando ‘o concurso acabou’. Isso não existe”, disse a técnica em enfermagem, Meire Dias.

 

Em Lagoa Santa falta convênio da prefeitura com uma cidade maior, como Belo Horizonte, para ter um hospital para mandar os pacientes socorridos pelo Samu que precisem de atendimento especializado.

O governo do estado disse que está negociando com as prefeituras da Região Central sobre as ambulâncias e que não há atraso no repasse de dinheiro. Mas não informou o prazo para o Samu começar a funcionar.

já as 31 ambulâncias paradas no Centro-Oeste de Minas Gerais, a assessoria disse que está tudo pronto para funcionar, mas não há data definida.

O Ministério da Saúde disse que é feito um estudo sobre a necessidade da ambulância. Cabe ao estado e a prefeitura a implantação e ao Ministério Público a fiscalização. O órgão informou que não há nenhuma investigação sobre as ambulâncias. PORTAL G1

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