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Primeiro satélite brasileiro é lançado e entra em operação em junho

BRASÍLIA - Depois de uma série de adiamentos, foi lançado nesta quinta-feira, a partir da base de Kourou, na Guiana Francesa, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGCD). O lançamento foi acompanhado pelo presidente Michel Temer em Brasília, onde ficará a base de operações do satélite. — Acabamos de acompanhar o lançamento do foguete e quando ele lá estacionar revelará o grande avanço tecnológico no nosso país. Com isso nós vamos democratizar o fenômeno digital no nosso país. Quem estiver em todos os recantos do país terá acesso à banda larga. É um grande momento para o nosso governo e para o povo brasileiro — disse o presidente Michel Temer, após o lançamento.

 

— Segundo a equipe responsável pelo foguete, na Guiana Francesa, o lançamento foi um sucesso. O satélite foi lançado por volta das 18h50. A previsão inicial era de que o foguete saísse às 17h50, mas uma falha detectada pelos técnicos atrasou o lançamento.

 

O SGCD é o primeiro satélite dedicado a comunicações militares exclusivamente brasileiro, fruto de um investimento do governo estimado mais recentemente em R$ 2,1 bilhões — incluindo os custos com a infraestrutura terrestre, lançamento e operação.

O equipamento foi construído pela empresa francesa Thales Alenia Space em contrato com a Visiona, uma joint-venture entre a Telebras e a Embraer criada especialmente para este fim, num projeto que previa transferência de tecnologia para a construção de um segundo satélite do tipo aqui no Brasil, a ser lançado possivelmente em 2020.

— O SGDC inaugura uma nova era na história das telecomunicações do Brasil, pois poderemos levar internet via satélite a 100% do território nacional, gerando benefícios sociais e econômicos. Estaremos iluminando o Brasil, com internet de banda larga, gerando inclusão social e digital em escolas, hospitais, postos de saúde e, principalmente, aumentando a competitividade do Brasil — disse Antonio Loss, Presidente da Telebras, após o lançamento bem sucedido do satélite.

O satélite começará a ser operado pelo Brasil em junho. Antes, passará por testes feito pelos técnicos das Forças Armadas. Inicialmente, o equipamento vai operar apenas na chamada banda X, uma faixa de frequência destinada exclusivamente ao uso militar, correspondendo a 25% da capacidade total do satélite.

 

O governo também pretende usar o satélite para aumentar o controle da fronteira e monitorar melhor entrada de armas e drogas no país.

O restante, na banda civil Ka, entrará em operação em setembro, segundo o Ministério das Comunicações. A intenção do governo é que essa banda ajude na implantação do programa Banda Larga para Todos, com o qual o Executivo pretende levar acesso à internet em alta velocidade para regiões remotas do país, como a Amazônia.

— O satélite atende ou até mesmo supera os requisitos do governo brasileiro e deverá promover a inclusão digital de milhões de brasileiros assim como a segurança das comunicações de governo e das Forças Armadas — disse Eduardo Bonini, presidente da Visiona. O GLOBO





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