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Cem dias de Doria são marketing artificial sem resultado, diz oposição

"Um documento artificial que vende menos como mais". Assim a liderança do PT na Câmara de Vereadores definiu a lista de feitos e intenções apresentada pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), ao completar cem dias de mandato nesta segunda-feira (10). O partido de oposição mostrou, durante entrevista coletiva, uma série de fotos de problemas de zeladoria em bairros de periferia.

 

A Operação Cidade Linda, que busca combater esses dramas paulistanos, é exaltada pelo tucano como grande marca de seu início de gestão. Porém, para os oposicionistas, o programa que inclui ações de tapa-buraco, corte de mato, pintura de guias e remoção de entulho não passa do centro expandido.

 

"Queremos mostrar aqui a cidade real, não essa do Facebook do prefeito", afirmou o líder do partido na Câmara, Antonio Donato. "Esse modelo tem mostrado que Doria é um carreirista político", afirmou o presidente municipal do PT, Paulo Fiorillo, que era vereador até o ano passado.

 

Doria é cotado para as eleições de 2018 tanto para o governo estadual como para a presidência. Pelo menos quatro ações civis foram apresentadas pelo PT ao Ministério Público para questionar medidas de Doria. Entre os pedidos de investigação feitos pelo partido à Promotoria estão a extinção por decreto de algumas secretarias (como Controladoria e Pessoa Com Deficiência) as quais foram criadas por lei.

 

Também questionam o corte de beneficiários do programa Leve Leite, além de propagandas do Programa Cidade Linda que apareceram durante transmissão do jogo da seleção brasileira contra o Uruguai, nas eliminatórias da Copa do Mundo. Segundo a prefeitura, o empresário Sydney Oliveira, dono da Ultrafarma, cedeu dois minutos de exposição de sua marca de produtos farmacêuticos para o programa de Doria.

 

Em documento intitulado "Cem Dias de Governo Municipal. Para onde vamos?", os petistas também criticaram a postura do prefeito de atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fundador do PT, usando ações como gestor municipal para abrir uma discussão nacional.

O prefeito costuma "homenagear" Lula sempre que planta uma árvore em parques da cidade, chamando o petista de "o maior cara de pau do Brasil".

 

"João Doria vem adotando, gratuitamente, um linguajar cotidiano de desqualificação do PT e de Lula. Por quê trazer para o espaço público de SP um discurso de ódio e preconceito", diz o texto petista. Procurada para comentar as críticas dos opositores, a gestão Doria não havia se pronunciado até a noite desta segunda (10).  FOLHA DE SP

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