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Ministro garante: não há perda de direitos com lei da terceirização

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Ronaldo Nogueira disse que o terceirizado terá garantias de seus direitos, como carteira assinada

Uruguai. O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse que não vê na lei perda de direitos dos trabalhadores. "Onde está escrito que o trabalhador terceirizado vai perder direitos?", questionou. Segundo ele, o trabalhador terceirizado terá garantias de seus direitos: carteira assinada, salário básico estabelecido em convenção coletiva da categoria, FGTS e 13º salário.

 

Um dos vetos à lei da terceirização sancionada na sexta-feira (31) obrigava o registro na carteira de trabalho na condição de temporário. O outro assegurava aos temporários direitos como salário e jornada equivalentes a outros empregados na mesma função ou cargo. Também assegurava INSS, FGTS e férias proporcionais.

 

Segundo o governo, os vetos ocorreram porque dispunham sobre direitos trabalhistas já assegurados pela Constituição.

 

O ministro afirmou que a terceirização é um fenômeno global e uma realidade no Brasil. "Temos 12 milhões de trabalhadores nessa modalidade de contrato, inclusive, o poder público contrata empresas terceirizadas". A regulamentação da terceirização, disse, vem na direção de um marco regulatório que dê proteção ao trabalhador. Conforme Nogueira, o ministério vai agir para evitar a informalidade e a "pejotização" dos trabalhadores.

Desafio

Nogueira destacou que o desafio do governo é criar um ambiente de segurança jurídica para que o empregador não tenha medo de contratar. Hoje, o Brasil tem mais de 13 milhões de desempregados e 60 milhões de pessoas que não têm atividade econômica. "O governo está fazendo a sua parte no sentido de oferecer uma legislação com segurança jurídica. É nessa direção que estão as reformas".

Regulamentação

Uma das principais demandas dos empresários do setor de comércio e serviços presentes ao simpósio é a regulamentação do trabalho intermitente. O contrato de trabalho intermitente permitiria o empregador contratar por curtas jornadas em dias específicos, nos quais as empresas necessitariam mais de mão de obra, provavelmente, com um custo menor. Emerson Destro, presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), disse que a regulamentação do trabalho intermitente é muito importante para o setor de comércio e serviços.

Contribuição

O ministro do Trabalho ressaltou que defende a contribuição sindical obrigatória para trabalhadores e empregadores. Essa opinião diverge da do relator da Reforma Trabalhista, o deputado Rogério Marinho (PSDB/RN), que, durante sua apresentação no simpósio, observou que defendia o fim da obrigatoriedade da contribuição.

Para Nogueira, a contribuição sindical deve ser obrigatória porque a organização sindical tem que ter uma estrutura para poder atuar. COM DN

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