CUT do Ceará entra em litígio com o petista Camilo Santana
Com o título “Não à desvalorização do servidor público estadual”, eis artigo do presidente da CUT do Ceará, Will Pereira. Pelo visto, a Central está em divórcio com o governo do petista Camilo Santana. Confira: Mais um ataque acaba de atingir o principal elo entre o serviço público e a população cearense: o servidor e a servidora estaduais. O governo do Estado anunciou, no último dia 2, o reajuste salarial de seus servidores públicos: apenas 6,29% para aqueles que têm a remuneração mínima e revisão de 2% para os demais.
Para os sindicatos representativos da categoria, tal proposta é inaceitável, já que o servidor estadual tem amargado os últimos dois anos sem reajuste, possuindo perdas salariais que já superam os 18%.
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual do Ceará (Mova-se) já anunciou repúdio veemente ao recente anúncio do Governo, principalmente num momento em que foi aumentada em 3% a contribuição previdenciária da categoria. Se são os servidores públicos que sustentam a máquina estatal, é injusto que fiquem no prejuízo – considera, com razão, o Mova-se, que já mobiliza toda a base para manifestações e mobilizações, com possibilidade de paralisação geral.
No âmbito da Educação, a bandeira principal é o reajuste dentro do percentual de reajuste do piso salarial (7,64%) para toda a carreira. O Sindicato Apeoc, que representa a categoria, também repudia o anúncio do governo estadual, considerando que esse reajuste não satisfaz os trabalhadores da Educação e muito menos corresponde aos seus anseios. Os números apresentados pelo governador estão sendo checados por uma comissão técnica do Sindicato, que exige novas negociações com os gestores públicos a necessidade de se avançar nessa posição inicial. A categoria também está mobilizada em todo o Estado, não abrindo mão do ganho remuneratório de 7,64%, dentro da nova estrutura da carreira.
A Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE) também apoia todas as mobilizações e lutas de seus sindicatos e rejeita, do mesmo modo, esse ataque. O servidor público estadual, como já enfatizamos tantas vezes, inclusive neste mesmo espaço, precisa ser valorizado, e não penalizado por qualquer crise que o poder público atravesse.
*Wil Pereira
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Presidente da Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE) OPOVO