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Temer abriga indicados de políticos do Paraná na hidrelétrica de Itaipu


BRASÍLIA — Após fazer até propaganda apontando a “moralização das nomeações das estatais” como uma das principais medidas de sua gestão, o presidente Michel Temer loteou o comando da hidrelétrica de Itaipu entre aliados e indicou para os cargos até um advogado que já foi acusado de ter sido funcionário fantasma do Senado. A lista dos novos dirigentes foi divulgada pelo Palácio do Planalto. Itaipu é administrada em conjunto com o Paraguai.

Todos os indicados têm como padrinhos políticos paranaenses de PSDB, PMDB, PP, SD e PPS. As nomeações atendem a políticos do estado porque a sede da empresa fica em Foz do Iguaçu (PR). O novo diretor-presidente, Luiz Fernando Vianna, é atual presidente da Companhia Paranaense de Energia (Copel) e foi indicado para Itaipu pelo governador, Beto Richa (PSDB).

 

 

Acusado de ter sido funcionário fantasma no Senado, Marcos Vitório Stamm será o novo diretor financeiro executivo da hidrelétrica. Sua indicação é atribuída ao deputado Sérgio Souza (PMDB). Quando estava lotado no gabinete do peemedebista no Senado, em 2012, Stamm foi acusado de não ir ao Congresso. Ao mesmo tempo em que deveria dar expediente no órgão, ele era presidente da Associação Brasileira dos Advogados Públicos (Abrap).

 

Indicada pelo deputado Fernando Francischini (SD), uma ex-miss também passará a integrar o comando de Itaipu. É Marilice Perazzoli Collin, que foi eleita Miss Paraná em 1995, representando a pequena cidade de Manoel Ribas. Formada em Administração e Direito, possui um escritório de advocacia e passará a responder pela diretoria jurídica de Itaipu.

 

Depois de ter sido nomeado em uma semana e demitido na outra da estatal em abril de 2016, Marcos Antonio Baumgärtner assumirá o posto de diretor técnico executivo. Ele é indicado pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP).

 

Também farão parte do novo comando Ramiro Wahrhaftig (diretor de coordenação), indicado pelo assessor especial da Presidência da República Rodrigo Rocha Loures (PMDB), e Rubens de Camargo Penteado (Administrativa), que já foi secretário-geral do PPS e é ligado ao deputado Rubens Bueno (PPS-PR).

A chamada Lei de Responsabilidade das Estatais foi alardeada como moralizadora por proibir a nomeação de dirigentes partidários e de quem atuou em campanha eleitoral, nos últimos três anos, para o cargo de presidente de empresas públicas ou sociedades de economia mista.O GLOBO




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