Balanço do PAC: atrasos e relação com Lava-Jato Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/balanco-do-pac-atrasos-relacao-com-lava-jato-20810910#ixzz4WZuNcZeX © 1996 - 2017. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Parti
BRASÍLIA - Em 22 de janeiro de 2007, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como forma de ampliar a infraestrutura. Com um bom cenário internacional de valorização das commodities exportadas pelo Brasil, as obras ganharam força, e, três anos depois, Dilma Rousseff foi chamada por Lula de a “mãe do PAC” — algo que foi explorado em sua campanha à presidência, naquele mesmo ano.
Mas houve dificuldades, inclusive com questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU) e de órgãos de licenciamento ambiental. Atrasos e estouro do orçamento se tornaram regra. A transposição do Rio São Francisco tem previsão de conclusão este ano, um atraso de sete anos da data original. A Ferrovia Nova Transordestina é outra obra cujo orçamento disparou e ainda não está pronta.
O declínio mais vigoroso decorreu da percepção de que muitas das principais obras do PAC acabaram envolvidas na Operação Lava-Jato e em outras ações da Polícia Federal, como a Ferrovia Norte-Sul e a Hidrelétrica de Belo Monte. Mesmo assim, obras relevantes foram levantadas, como as usinas do Tucuruí e as hidrelétricas do Rio Madeira, além da duplicação da BR-101 no Nordeste.
Estudo da consultoria Inter.B destacou que o “governo não chegou a realizar uma análise do custo-benefício do seu principal programa de investimento”. Mesmo assim, a consultoria apontou que “a contribuição do PAC (para o PIB) pode ter sido positiva, mas — na ótica da oferta — possivelmente residual”, porque não se sabe se o investimento público avançaria mais ou menos sem o programa no período.