Em dia de posse de novos gestores, estudo da CNM sobre dificuldades financeiras dos Municípios ganha destaque na imprensa
Em entrevista ao Fantástico deste domingo, 1º de janeiro, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, falou sobre a situação de falta de recursos em caixa que atinge as prefeituras brasileiras. “Os resultados do primeiro semestre de 2016 apontam que 48% das Prefeituras no Brasil estão no vermelho, ou seja, estão gastando mais do que arrecadam. Na nossa intuição e avaliação, isso deve ter aumentado mais no segundo semestre”, alertou.
O levantamento da entidade mostra que 47,3% dos gestores que responderam ao estudo acabaram deixando restos a pagar para quem assume agora. Além disso, 676 prefeituras, quase 15%, não conseguiram pagar o salário dos funcionários no mês de dezembro. E 51% dos prefeitos destacaram que estão devendo fornecedores, com atrasos que chegam a oito meses.
Diante disso, os novos gestores já tomam posse sob aperto e com preocupações financeiras imediatas. A reportagem ressalta que um dos principais motivos para esse cenário é a recessão, que provocou uma grande queda na arrecadação de impostos, além da falta de envio de recursos previstos por parte do governo federal aos Municípios.
O jornal Correio Braziliense apontou a situação enfrentada pelos novos gestores e lembrou que, no início de 2016, a expectativa dos prefeitos era de que o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) tivesse uma arrecadação de aproximadamente R$ 99 bilhões, mas fechou o ano com pouco mais de R$ 80 bi.
Intitulado Os novos prefeitos e os cofres vazios, o Zero Hora publicou um editorial que destaca os dados da CNM e aponta que “dezenas de Prefeituras estão em situação de calamidade financeira. Em consequência, os novos gestores já tomam posse sob aperto e com preocupações imediatas, que vão exigir sacrifícios tanto dos administradores municipais quanto dos legisladores”.
O estudo da Confederação também ganhou destaque em jornais como o Bom Dia Brasil, O Globo, UOL, Diário Catarinense, além de inúmeros veículos regionais.