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Estados melhoram no ensino médio, mas só dois batem meta no Ideb 2015

Estados melhoram no ensino médio, mas só dois batem meta no Ideb 2015

  Lalo de Almeida/Folhapress  
Cartaz fixado no pátio mostra desempenho no Ideb de escola no Acre
Cartaz fixado no pátio mostra desempenho no Ideb de escola no Acre

Das 27 unidades da Federação, 20 redes estaduais tiveram desempenho melhor no Ideb de 2015 no ensino médio em relação à avaliação anterior. Apesar disso, só dois Estados alcançaram a meta: Pernambuco e Amazonas. O desempenho das escolas pernambucanas também chama a atenção porque elas têm a menor diferença de desempenho entre as redes privada e pública estadual.

Os resultados são atribuídos principalmente à difusão das escolas de tempo integral, que totalizam 335 unidades, quase um terço de toda a rede do Estado, sendo 35 delas com cursos técnicos profissionalizantes. O modelo nasceu em 2004 na Escola Ginásio Pernambucano, no centro do Recife, ainda na gestão Jarbas Vasconcelos (PMDB), que chegou a estruturar 12 unidades chamadas de centros experimentais. A ideia foi ampliada pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) de 2007 a 2014.

 

O Estado se manteve nos últimos seis anos acima da média estipulada pelo indicador do Ministério da Educação. O secretário da Educação, Frederico Amâncio, da gestão Paulo Câmara (PSB), avalia que a estratégia de Pernambuco foi "massificar" aquilo que era um projeto piloto.

"Junto com a escola em tempo integral definimos uma nova linha pedagógica mais atrativa com a inclusão da tecnologia como a robótica, por exemplo, e incentivamos nossos alunos a desenvolverem projetos nas diversas áreas do conhecimento."

Ele cita como diferencial também um programa existente desde 2012 que enviou mais de 5.000 estudantes de escolas estaduais para fazer intercâmbio em oito países, como Estados Unidos, Espanha e Nova Zelândia.

"Não é apenas dar aos alunos a possibilidade de estudar fora do país e aprender outra língua. Ele estimula a melhoria do desempenho dos estudantes, pois é ele que define quem será contemplado. O aluno começa a valorizar seu esforço", afirma.

O Ideb do ensino médio das redes estaduais do país, na média, subiu de 3,4 para 3,5. Abaixo da meta, portanto, de 3,9. São Paulo também subiu e alcançou 3,9, mas ainda fica abaixo da sua meta no indicador, que é de 4,2.

No Ideb de 2013, apenas nove Estados haviam conseguido subir no Ideb. Ainda sim, cinco Estados estavam dentro das metas. Os cinco que tiveram queda no Ideb em 2015 são: Minas Gerais, Santa Catarina, Rondônia, Rio Grande do Sul e Sergipe.

FUNDAMENTAL

O Ideb do ensino médio no Ceará subiu de 3,3 para 3,4, sem atingir a meta de 3,9. O avanço mais expressivo nos anos iniciais do ensino fundamental, porém, foi da rede pública do Estado, considerando tanto as escolas estaduais como municipais.

O Ideb médio do Ceará passou de 5 para 5,7, 5º melhor do país. Das 50 escolas com melhor Ideb do país no 5º ano, 46 estão no Ceará, em 19 municípios diferentes.

A evolução das escolas cearenses surpreende. Em 2005, a nota era 2,8. Como comparação, São Paulo, que tem a nota 6,2, a mais alta do Brasil, registrava 4,6 em 2005. Uma lei estadual de 2009 também impulsionou a educação. O rateio do ICMS passou a ser definido de acordo com os resultados na avaliação educacional do Estado.

Nos anos finais do ensino fundamental, os resultados no Ceará são mais tímidos, embora também positivos. A rede pública cearense passou no 9º ano de 4,1 para 4,5, ultrapassando a meta, que era de 4.

Entenda o índice

O que é o Ideb?
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica foi criado para avaliar a qualidade de escolas e das redes de ensino. Ele combina a taxa de aprovação escolar com o desempenho dos alunos.

Como esse desempenho é medido?
São usados os resultados de dois exames oficiais (Saeb e Prova Brasil), aplicados a cada dois anos no 5º e no 9º ano do ensino fundamental e no 3º ano do médio.

Como são as provas?
Elas avaliam os conhecimentos dos estudantes em português e matemática e acontecem em todas as escolas públicas com pelo menos 20 matriculados. No ensino médio e na rede privada, a aplicação é por amostragem.  FOLHA DE SP

 

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