Assistência, saúde e religião: a operação por trás da retirada de 100 pessoas em situação crítica de viaduto no Papicu
Desde o último sábado (29), quem passa pelo viaduto do Papicu percebe uma mudança significativa do cenário urbano. Naquele local, em situação degradante, viviam mais de 100 pessoas que foram removidas para estruturas de acolhimento e atendimento da Prefeitura de Fortaleza. A ação, sem resistência, foi concluída no sábado, mas durou mais de três semanas, apurou esta coluna.
Servidores e técnicos da gestão municipal fizeram um trabalho de retaguarda com atendimento psicológico, assistência social e equipes de saúde, além do apoio de lideranças religiosas.
A principal ação ocorreu sob o viaduto da Avenida Farias Brito, no bairro Papicu, área que dá acesso à Avenida Dom Luís. Também houve intervenções semelhantes em viadutos das avenidas Antônio Sales e Santos Dumont com Engenheiro Santana Júnior.
O trabalho incluiu consultas médicas, atendimentos de urgência com presença de equipes do Samu e encaminhamentos para abrigos, unidades de reabilitação para casos de si de drogas e Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Os acolhidos também tiveram acesso a serviços como emissão de documentos e assistência básica.
Evandro diz que operação teve êxito
Em contato com esta Coluna, o prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão, classificou a operação como bem-sucedida. Ele afirmou que outras regiões da cidade também estão recebendo ações semelhantes, com foco na população em situação de rua.
A gestão avalia repetir o modelo em áreas com concentração de pessoas em vulnerabilidade social e vivendo em territórios marcados por ocupações precárias.