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Falta de insumos impede atendimentos no Walter Cantídio e no HGF

     

       
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EVILÁZIO BEZERRA            
                          
Direção do Walter Cantídio emitiu comunicado avisando que transplantes deixarão de ser realizados
A insuficiência de medicamentos e insumos médicos afeta o atendimento em duas das maiores unidades terciárias de Fortaleza: o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) e o Hospital Geral de Fortaleza (HGF). A direção do HUWC emitiu comunicado avisando que transplantes deixarão de ser feitos e os serviços serão reduzidos até atingir 50% da capacidade. Ao O POVO, médicos do HGF relataram a ausência de itens básicos — como luvas e agulhas. A situação foi agravada nos últimos 20 dias.

O presidente da Associação dos Médicos do HGF, Jaime Benevides, diz que, além da falta de insumos, os profissionais lidam com restrições severas na oferta de elementos cirúrgicos, tubos para coleta, reagentes químicos e antibióticos. “Todos os serviços estão sendo prejudicados. Estamos suspendendo cirurgias, procedimentos programados não estão acontecendo”. Com a restrição no HUWC, profissionais de saúde temem que o HGF seja ainda mais penalizado.

A assessoria de imprensa da unidade estadual enviou nota afirmando que o hospital “mantém a rotina de funcionamento”. O texto ainda diz que no domingo, 29, o HGF fez 51 atendimentos na emergência e realizou 33 internações. No sábado, foram 73 atendimentos na emergência e 45 internações. Indagada sobre a falta de insumos, a assessoria afirmou que a nota, que não trata do assunto, seria o único pronunciamento.

Marta Brandão, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviço de Saúde do Estado do Ceará (Sindsaúde), conta que nos últimos 20 dias vem recebendo denúncias constantes de técnicos sobre a indisponibilidade de insumos. Em um plantão no setor neonatal, ela diz, existiriam apenas três máscaras para uma equipe de oito pessoas. Hoje, o sindicato fará uma paralisação no atendimento do HGF, das 7h às 8 horas, para pressionar o Governo do Estado pela reposição de insumos e pelo pagamento de salários atrasados.

Hospital Universitário

Os médicos do HUWC precisaram fazer cota, na última semana, para comprar 1.500 tubos para coleta de exames de sangue. A informação é da chefe da unidade de transplante renal, Paula Castelo Branco Fernandes. Segundo a médica, faltam também agulhas e insumos para administração de soro.

Aos transplantados, a médica diz que três medicamentos usados para evitar a rejeição dos órgãos estão em falta: azatioprina, micofenolato e valcyte. A ausência de material levou a direção a decidir pela suspensão dos transplantes de rim, pâncreas, fígado e medula óssea.

A distribuição dos medicamentos usados nos transplantes é de responsabilidade do Governo Estadual. Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) informou que o micofenolato já foi comprado e “será entregue pelo fornecedor nos próximos dias”; a azatioprina será encaminhada para processo de aquisição e o valcyte não está faltando. Procurada pelo O POVO novamente, a médica reafirmou a falta do último medicamento. “Está faltando há vários meses”, frisou.

O POVO procurou o HUWC para resposta sobre a situação da unidade. A assessoria de comunicação informou que, hoje, o reitor da UFC fará pronunciamento sobre o complexo hospitalar.

Saiba mais

A Defensoria Pública da União no Ceará  (DPU/CE) promove uma vistoria agendada nas unidades de saúde do Complexo  Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (UFC) amanhã, 2, a partir  das 8 horas. A visita é motivada pela  redução e suspensão de  atendimentos na unidade.

 

O reitor da UFC, Henry Campos,  esteve em Brasília ontem para discutir com órgãos federais a situação do  complexo. Ele deve se pronunciar hoje.

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