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Temer encomenda levantamento de obras inacabadas do governo federal

O presidente em exercício, Michel Temer, encomendou nas últimas semanas que seus ministros façam um levantamento das obras federais que estão paralisadas, informou nesta terça-feira (5) a assessoria do Palácio do Planalto. O assunto foi um dos temas discutidos nesta terça, no Palácio do Planalto, em reunião de Temer com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Eduardo Braga (PMDB-AM).

Segundo assessores da Presidência, o governo estima que haja “milhares” de obras inacabadas pelo país. Nas contas do governo, entretanto, cerca de 20 projetos são considerados “grandes obras” e precisam ser retomados até o ano que vem.

Após se reunir com o presidente em exercício, Renan Calheiros disse que o país se tornou um “cemitério de obras inacabadas”. Conforme ele, essas obras paralisadas representam R$ 250 bilhões em restos a pagar.

O peemedebista relatou que, além de pedir o balanço de empreendimentos paralisados, Temer pedirá que os governadores apontem obras que eles consideram prioritárias nos estados financiadas com recursos federais.

“[O andamento das obras] retoma a criação de empregos e renda, e demonstra o seu compromisso [de Temer] para uma solução definitiva para as obras inacabadas e para os restos a pagar”, disse Renan ao chegar ao Senado depois da audiência no Palácio do Planalto.

Transposição do São Francisco
Renan relatou que, durante a reunião com Temer, eles trataram do projeto de transposição do rio São Francisco, obra com orçamento bilionário que teve início em 2007 – durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva –, mas ainda não foi concluída.

O presidente do Senado disse que, na próxima terça (12), o presidente em exercício pretende realizar uma reunião no Planalto para discutir a transposição do São Francisco. Ainda segundo ele, Temer classificou o projeto prevê a distribuição de água do rio para 12 milhões de pessoas em Pernambuco, no Ceará, na Paraíba e no Rio Grande do Norte de "obra emergencial, fundamental, importantíssima e inadiável".

A previsão inicial era de que a obra fosse concluída em 2014, mas após uma série de adiamentos, atualmente, a previsão é que o projeto chegue ao fim até o início do próximo ano. Inicialmente, a transposição havia sido orçada em R$ 4,5 bilhões, mas o custo da obra já alcançou R$ 8,2 bilhões. Em abril, de acordo com dados do governo federal, 86,3% da obra já estavam concluídos.

Nesta segunda (4), o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), foi ao Palácio do Planalto para pedir a Temer recursos para concluir o megaprojeto hídrico.

Além de cobrar a conclusão da obra de transposição, o presidente do Senado afirmou nesta terça que é necessário implementar medidas de revitalização da bacia do rio São Francisco, que passa por 5 estados e 521 municípios.

"O rio não pode morrer. Se o rio São Francisco morrer, nós não vamos ter a transposição. Então, a revitalização, que deveria ter sido feita antes, precisa ser feita emergencialmente para que o rio não morra e a tranposição, como consequência, não acabe", declarou Renan nesta terça. PORTAL G1

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