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Balança comercial tem superávit recorde no primeiro semestre do ano

Por Renan Monteiro — Brasília / O GLOBO

 

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 45,5 bilhões de janeiro a junho de 2023, conforme dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). É o maior saldo positivo da séria histórica para o período, considerando dados a partir de 1999.

O aumento foi de 32,9% em relação ao acumulado nos seis primeiros meses do ano passado, quando a balança comercial registrou um saldo de US$ 34,3 bilhões.

 

O resultado considera as exportações menos as importações. Quando o total importado é menor, há superávit. Quando é maior, ocorrer déficit.

— O nosso índice de volume (de exportações) também vem apresentando os maiores valores da série histórica, ao passo que os preços têm caído — afirma Herlon Brandão, subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão.

No ano de 2023, até o momento, as exportações totalizam US$ 166,153 bilhões e as importações, US$ 120,639 bilhões. A corrente de comércio (a soma das importações e exportações) é de US$ 286,792 bilhões no período.

  • Bens da agropecuária, indústria extrativa, indústria de transformação são as três principais áreas do comércio exterior;
  • Alguns produtos e itens que puxaram o aumento nas vendas são: soja, energia elétrica, óleos brutos de petróleo ou de minerais, carne bovina fresca, refrigerada ou congelada;
  • No primeiro trimestre do ano o PIB registrou crescimento de 1,9%, sobretudo com o impulso da agropecuária, que teve alta recorde de 21,6% - o melhor desempenho em quase 30 anos.

Para o fim de 2023, MDIC ainda revisou a projeção para o superávit da balança comercial para US$ 84,7 bilhões - ante os US$ 84,1 bilhões projetados anteriormente.

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