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Em três dias de governo Lula, três recuos da gestão petista

Por Murilo Rodrigues Alves / O ESTADÃO

 

BRASÍLIA - Lupi defende rever reforma da PrevidênciaCosta diz que nada será revisto e Lula afirma que ninguém pode defender nada sem passar por ele antes. Haddad combina com Guedes de prorrogar isenção dos preços da gasolina e álcool por 30 dias, Lula diz que não é para prorrogar nada, a base aliada acende o sinal de alerta e a desoneração é esticada por mais 60 dias.

 

Jean Paul diz que política de preços de combustíveis da Petrobras é assunto de governo, não de mercado, as ações da petroleira apanham por dias e ele, indicado para presidente da estatal, descarta intervenção na vinculação do preço com o mercado internacional.

 

O início do governo Lula segue na toada do poema “Quadrilha”, de Carlos Drummond de Andrade, mas em vez de amor, sobram recuos e desautorizações.

 

A reforma e a antirreforma

 

Após o novo ministro da Previdência, Carlos Lupi, afirmar ontem que deseja discutir o que chamou de “antirreforma da Previdência”, em referência às mudanças aprovadas em 2019 no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira, 3, que “não há nenhuma proposta sendo analisada ou pensada” em relação a mudanças nas exigências de aposentadorias e pensões.

 

Após se reunir com Lula nesta manhã, Costa afirmou que o presidente delegou à Casa Civil a tarefa de analisar, antes de chegar ao presidente, as propostas de revisão sugeridas por ministros.

 

A isenção que não sairia e foi publicada

 

Depois de combinar com o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, a edição de uma Medida Provisória (MP) para prorrogar por 30 dias a desoneração no preço de gasolina e álcool, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu para o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro não estender a medida.

 

No dia 1º de janeiro, dentro da cerimônia de posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou a MP para prorrogar a isenção dos tributos federais por dois meses.

 

A mudança em política de preços mas não intervenção

 O senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado pelo governo federal para presidir a Petrobras, afirmou nesta quarta-feira, 4, que a estatal não fará intervenção nos preços dos combustíveis. Segundo ele, “nunca ninguém falou em intervenção” nos preços, que, de acordo com ele, serão vinculados de “alguma forma” ao mercado internacional.
 
Na campanha, porém, não só Prates como o próprio Lula defenderam modificar a política de preços praticada pela Petrobras.

 

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