Estrada, açude e cinturão das águas: os projetos estruturantes do Ceará que Elmano levará a Lula
Inácio Aguiar / DIARIONORDESTE
Em meio aos trabalhos da transição de governos, o governador eleito Elmano de Freitas (PT) prepara três projetos estruturantes do Estado que devem ser levados à primeira reunião dos governadores com o presidente eleito Lula, no início de dezembro.
O novo chefe do Executivo estadual tem as propostas na cabeça, mas está ouvindo o setor produtivo para complementar os projetos prioritários. Em conversa com este colunista, o governador elencou as ideias, embora tenha deixado claro que ainda está debatendo o assunto
Junto a isso, a conclusão do Cinturão das Águas é outro projeto que precisará de mais investimentos federais.
ENERGIAS RENOVÁVEIS
Outra proposta prioritária para Elmano de Freitas foi apresentada ainda na campanha eleitoral. Ele quer criar um projeto de incentivo à geração de energia solar em todo o Estado para pequenos produtores rurais.
“Esse é um projeto que eu considero fundamental e é prioridade”, diz o governador.
Obras estruturantes exigem um grande volume de recursos públicos e, geralmente, são viabilizadas com recursos do governo federal.
Uma delas é a duplicação da estrada do algodão, que passa pelo Sertão Central, Centro-Sul e chega ao Cariri. O projeto seria fazer uma rodovia federal, duplicada, que pudesse ligar o Cariri à Região Metropolitana de Fortaleza, passando pelo Sertão Central.
No novo modelo, além de facilitar a circulação de pessoas pelo Estado, haveria foco no setor produtivo e no transporte de mercadorias. “Com isso, nós poderíamos criar dois portos secos: um no Cariri e outro no Sertão Central”, detalha Elmano.
Além disso, a estrada traria à Grande Fortaleza e viabilizaria a integração, por meio do arco metropolitano, diretamente ao Porto do Pecém. Pelo alto custo, somente um investimento federal viabilizaria a obra.
AÇUDE LONTRAS
Outro projeto que enche os olhos do governador eleito é o Açude Lontras, com foco na região da Ibiapaba. Uma obra grandiosa que seria, nas palavras dele, fundamental para a garantia hídrica no Interior do Estado. A estimativa de cerca de R$ 600 a 700 milhões também torna a obra difícil de execução, necessitando de investimentos federais.